Análise genética dá fim ao mistério do “Alien do Atacama” após 5 anos
A múmia encontrada no deserto do Chile em 2003 pertence a uma mulher, que morreu há 40 anos
atualizado
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A conclusão de uma análise genética e vasta pesquisa ao longo dos últimos cinco anos deu fim ao mistério do “Alien do Atacama”. O esqueleto minúsculo foi encontrado no deserto do Atacama, no Chile, em 2003, e passou por avaliações minuciosas a partir de 2015.
De acordo com os resultados, o corpo não pertenceu a um extraterrestre. Segundo o IFLS, o DNA extraído dos restos mortais de Ata — como é chamada a múmia — revela mutações em sete genes.
As mutações apontam malformação óssea e facial, fusão articular prematura e nanismo, de acordo com o site Metro. Além disso, o corpo pertencia a uma mulher que nasceu prematuramente acompanhada de uma forma grave de displasia esquelética. Ela morreu há 40 anos.
Segundo Garry Nolan, um dos responsáveis pelas análises, “o espécime foi encontrado em La Noria, uma das muitas cidades de mineração de nitrato abandonadas do deserto de Atacama, o que sugere um possível papel da exposição pré-natal ao nitrato, levando a danos no DNA”.
Descoberta
Em 2003, um caçador achou o esqueleto ao desenterrar um pano branco do solo do deserto. Ao abrir a manta, deparou-se com um crânio relativamente grande ao tamanho do corpo da múmia.
O caso ganhou visibilidade internacional e foi um dos mais debatidos entre a comunidade científica na época. Acreditava-se que o “Alien de Atacama” era, de fato, um alienígena.