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Chinesa é presa por suspeita de espionagem na Alemanha

Mulher de 38 anos que trabalhava em empresa de logística no aeroporto de Leipzig/Halle é suspeita de repassar informações à China

atualizado

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Bandeira da China
1 de 1 Bandeira da China - Foto: Getty Images

Autoridades alemãs anunciaram nessa terça-feira (1º/10) a prisão de uma chinesa acusada de espionar a indústria de armamentos do país enquanto trabalhava em uma empresa de logística.

A suspeita, identificada como Yaqi X., teria repassado informações a outro espião chinês de nome Jian G., que também está sob custódia das autoridades. Ele trabalhou como assessor do eurodeputado Maximilian Krah, do partido ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD).

A chinesa foi presa nessa segunda-feira por “fortes suspeitas de atuar como agente de inteligência para um serviço secreto chinês”, informaram em nota os promotores federais que trabalham no caso.

Yaqi X. trabalhou para uma empresa que fornece serviços de logística no aeroporto de Leipzig/Halle, no leste do pais, um conhecido centro de transporte de cargas. Ela teria usado sua posição para colher informações sobre o “transporte de equipamentos militares e pessoas associadas a uma empresa alemã de armamentos”.

Segundo os promotores, entre agosto de 2023 e fevereiro deste ano, ela “enviou repetidas vezes informações sobre voos, cargas e passageiros no aeroporto para um funcionário do serviço secreto chinês, a saber, Jian G., que responde a um processo diferente”.

Segundo relatou a revisa alemã Der Spiegel, citando fontes anônimas de segurança, Yaqi X., de 38 anos, tinha como alvo, particularmente, a fabricante de armamentos Rheinmetall, envolvida na fabricação dos tanques Leopard, que utiliza o aeroporto de Leipzig para voos de transporte de cargas.

chinesa. foi levada perante um juiz do Tribunal Federal de Justiça que lhe deu voz de prisão e ordenou que permanecesse sob custódia. Sua residência e seu local de trabalho em Leipzig foram alvos de buscas.

“Ataque à democracia”

Jian G. foi preso em abril deste ano sob suspeita de praticar espionagem quando trabalhava em Bruxelas no escritório do eurodeputado Krah. Ele teria compartilhado informações do Parlamento Europeu com um serviço de inteligência da China sobre personalidades da oposição na Alemanha.

As acusações estão em meio a uma série de controvérsias envolvendo a AfD, incluindo alegações de que alguns dos membros do partido teriam conexões com a Rússia.

A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, disse que as alegações contra Jian G. são “muito graves” e, se confirmadas, seriam um “ataque vindo de dentro à democracia europeia”.

As emissoras públicas alemãs ARD, RBB e SWR relataram que o chinês já seria conhecido das autoridades. Há cerca de dez anos ele se teria oferecido à inteligência alemã para atuar como informante, mas foi rejeitado sob suepi5a de ser um agente duplo.

Espionagem em alta na Alemanha

A Alemanha vem acumulando casos suspeitos de espionagem em seu território, que foram desvendados nos últimos meses, envolvendo supostos agentes russos e chineses.

Em junho, foram presos no país três homens de nacionalidade, russa, armênia e ucraniana, suspeitos de trabalharem para uma agência de inteligência estrangeira.

Eles teriam viajado para a Alemanha a mando de um serviço secreto estrangeiro, com a missão de coletar informações sobre um cidadão ucraniano residente em solo alemão.

Em abril, três suspeitos de espionagem a serviço da China foram presos, acusados de tentarem obter informações sensíveis sobre tecnologias militares alemãs, através de uma empresa de fachada.

No mesmo mês, um ex-capitão da Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha) admitiu perante um tribunal ter espionado para a Rússia. Ele disse que forneceu informações à inteligência russa por temer agravamento das tensões nucleares, em meio à guerra na Ucrânia.

Veja mais reportagens como essa na Deutsche Welle , parceiro do Metrópoles.

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