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China diz que pacto Aukus ameaça o sistema de não proliferação nuclear

Aliança militar anunciada em março deste ano visa a cooperação entre EUA, Reino Unido e Austrália na área de submarinos de propulsão nuclear

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U.S President Joe Biden meets PMs of UK and Australia in California
1 de 1 U.S President Joe Biden meets PMs of UK and Australia in California - Foto: Anadolu Agency/Getty Images

Meses após EUA e Reino Unido anunciarem o fornecimento de submarinos nucleares para a Austrália com o pacto militar Aukus, o governo da China afirmou que a aliança é uma ameaça ao sistema internacional de não proliferação nuclear e exige que os três países interrompam o projeto.

“A parceria de segurança Aukus e a cooperação submarina nuclear relacionada criam riscos de proliferação nuclear, ameaçam o sistema internacional de não proliferação nuclear, prejudicam o Tratado da Zona Livre Nuclear do Pacífico Sul e prejudicam os esforços dos países da Asean [Associação de Nações do Sudeste Asiático] para estabelecer uma zona livre de armas nucleares”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, nesta terça-feira (6/6).

Segundo o funcionário do governo chinês, a cooperação militar entre EUA, Reino Unido e Austrália pode “desencadear um comportamento semelhante em outros países não nucleares, transformando a região em uma arena de corrida armamentista”.

Anunciado em março deste ano, o pacto militar Aukus visa apoiar a aquisição de submarinos de propulsão nuclear por parte da Austrália, além da cooperação e treinamento entre as marinhas dos três países e a construção de um submarino desenvolvido de forma trilateral utilizando tecnologias das três nações.

Durante o lançamento do pacto, o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese afirmou que a aquisição dos submarinos que utilizam energia nuclear não representava um avanço na proliferação de armas nucleares e garantiu que a Austrália seguiria cumprindo suas obrigações de não-proliferação de armas de destruição em massa. 

Na ocasião, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) também se manifestou e afirmou que os países envolvidos no Aukus se comprometeram a não avançar na construção de armas nucleares.

Ainda assim, a China voltou a criticar a aliança e insistiu que os três países parem com a cooperação militar.

“Pedimos mais uma vez aos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália que atendam às preocupações da comunidade internacional e interrompam os atos de proliferação nuclear, como a cooperação em submarinos nucleares”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

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