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China diz que Ômicron chegou ao país em carta enviada do Canadá

Primeiro paciente com a nova variante da Covid-19 no país foi identificado no último sábado (15/1)

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Na imagem colorida, uma mão segura um frasco com uma embalagem escrito ômicron
1 de 1 Na imagem colorida, uma mão segura um frasco com uma embalagem escrito ômicron - Foto: Getty Images

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Pequim anuniciou que encontrou amostras da variante Ômicron da Covid-19 na correspondência do primeiro paciente diagnosticado com a cepa, no último sábado (15/1).

“Não descartamos a possibilidade de que a pessoa tenha sido infectada ao entrar em contato com um objeto do exterior”, disse Pang Xinghuo, vice-diretora do CDC de Pequim. O órgão afirmou que a carta teve o Canadá como origem e passou pelos Estados Unidos e por Hong Kong antes de chegar ao país.

Segundo Xinghuo, o paciente não deixou Pequim nos últimos 14 dias antes de receber o diagnóstico. Ele está com sintomas leves e no estágio inicial da doença.

O CDC recomendou que a população deixe de receber correspondências e produtos comprados no exterior. Além disso, o órgão pediu que os pacotes e cartas sejam higienizados e manuseados apenas com luvas e máscaras, do lado de fora das casas.

O contágio por meio do contato com objetos contaminados, no entanto, é considerado altamente improvável pela maior parte dos cientistas.

A China tem as fronteiras fechadas para impedir um aumento no número de casos de Covid-19 antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, que começam no próximo mês. Apenas nesta segunda-feira (17/1), entretanto, foram registrados 223 novos casos, o mais alto desde março de 2020.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

Peter Dazeley/ Getty Images
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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

NIAID/Flickr
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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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Política “Covid zero”

O CDC informou que todos os funcionários da unidade que recebeu a carta foram postos em quarentena. Outras oito pessoas que podem ter tido contato direto com a correspondência foram testadas e receberam resultado negativo para o vírus.

O órgão também afirma ter encontrado vestígios do vírus em outras cinco correspondências também enviadas do Canadá a outros endereços na China.

Como parte da política “Covid zero” na China, autoridades rastrearas 69 pessoas próximas com quem o paciente teve contato foram testadas. Além disso, 16,5 mil pessoas que estiveram nos mesmos locais que o homem também tiveram de fazer o teste para a doença. Todos os resultados foram negativos.

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