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Chile torna-se o nono país das Américas a legalizar o casamento gay

Projeto foi aprovado no Senado com 21 votos a favor, 8 contra e 1 abstenção, e reenviado à Câmara dos Deputados, onde foi confirmado

atualizado

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O Chile tornou-se nesta terça-feira (7/12) o nono país das Américas a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Brasil, Uruguai, Canadá, Estados Unidos, Costa Rica, Equador, Colômbia, Argentina e México (onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal em 14 dos 32 estados) já permitem o casamento gay.

O projeto chileno busca nivelar obrigações e direitos dos casamentos, independentemente do sexo das pessoas que integram a união.

Para que isso aconteça, o conceito de casamento – até agora limitado à união entre um homem e uma mulher – muda de forma, e passa a ser aplicado sem distinção de sexo. O texto, que passou pelo Senado chileno, ainda precisou ser reenviado à Câmara dos Deputados para uma votação final, que aconteceu horas depois.

Após anos de espera da comunidade LGBTQIA+ do Chile, a lei que autoriza o casamento igualitário foi revisada pela Comissão de Constituição do Senado, e aprovada com 21 votos a favor, 8 contrários e 1 abstenção.

A ministra de Desenvolvimento Social e da Família, Karla Rubilar, afirmou após a votação que “a aprovação do casamento igualitário nos permite avançar com os direitos para todos. É um marco que mostra o melhor da política”.

“Esta é uma daquelas oportunidades nas quais pensamos nas pessoas”, afirmou a ministra.

Atualmente, o único meio oficial para unir legalmente casais gays no Chile é o Acordo de União Civil, aprovado em 2015, que permite o acesso a quase todos os direitos estabelecidos pelo casamento, mas não autoriza a adoção e direitos de filiação de crianças e adolescentes filhos de casais do mesmo sexo.

Lorena Grez, que participou da entrega de 20 mil assinaturas a favor da aprovação do projeto, destacou: “No Chile, não somos reconhecidos como família. O casamento igualitário é uma reivindicação de anos”

Demanda de longa data

O projeto entrou no Parlamento chileno em 2017, por iniciativa da então presidente Michelle Bachelet. O atual presidente, Sebastián Piñera, decidiu acelerar sua tramitação no Congresso, após um anúncio no dia 1º de junho de 2021.

Com a oposição da direita governista chilena mais conservadora, a proposta foi aprovada por ampla maioria no Senado em 21 de julho, e na Câmara dos Deputados em 23 de novembro.

Após dar seu apoio a várias organizações que lutam pelos direitos da comunidade LGBTQI+, a democrata-cristã Ximena Rincón, presidente do Senado, afirmou: “É essencial avançar na dignidade com o casamento igualitário, porque o amor não pode ser condicionado”.

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