Chega a 58 o número de mortos em protestos no Peru contra a presidente
Manifestantes estão nas ruas do Peru desde o dia 7 de dezembro, quando o Pedro Castillo foi impeachmado
atualizado
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Pelo menos 58 pessoas já morreram no Peru devido aos protestos contra o governo da vice-presidente Dina Boluarte, que assumiu a presidência após a destituição de Pedro Castillo no dia 7 de dezembro de 2022.
Neste sábado (28/01), o Congresso do país rejeitou uma proposta de antecipar as eleições para outubro. Essa era uma das exigências dos protestantes peruanos, que poderia agravar as manifestações.
Outra exigência dos manifestantes peruanos é a renúncia de Dina, a libertação do ex-presidente Castillo e a dissolução do Parlamento. O Congresso chegou a aprovar o adiantamento das eleições de 2026 para abril de 2024. No entanto, a medida não foi confirmada pelo Parlamento.
Protestos no Peru
As manifestações no país da América Latina começaram depois que o presidente Pedro Castilho sofreu um impeachment. Ele foi preso após dissolver o Congresso do Peru e decretar estado de exceção.
O ex-presidente era investigado em diversos processos, como liderança em suposta organização criminosa que fraudava licitações públicas e crimes contra a administração pública, entre eles tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Desde então, os manifestantes estão nas ruas reivindicando que Dina Boluarte, vice-presidente que assumiu a presidência, renuncie o cargo, além do fechamento do Congresso, uma nova Constituição e a libertação de Castillo.
Os grupos de direitos humanos acusam as autoridades de usarem armas de fogo e bombas de fumaça contra os protestantes, enquanto o exército afirma que os protestantes estão usando armas e explosivos caseiros.
Os protestos estão concentrados na região sul do Peru, onde o ex-presidente Castillo tem mais apoio. No entanto, nas últimas semanas as manifestações ganharam força em Lima após a primeira vítima fatal da capital, Victor Yacsalvica, de 55 anos, que sofreu um ferimento grave na cabeça.
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