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Após sinal verde à Ucrânia, novo chefe da Otan adverte Trump e Putin

Mark Rutte assumiu a chefia da Otan no início de outubro com uma Europa instável por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia

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1 de 1 Imagem colorida mostra o secretário-geral da Otan, Mark Rutte - Metrópoles - Foto: Divulgação/Otan

Em uma das primeiras entrevistas como o novo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte falou sobre a tensão no Leste Europeu e mandou recados a Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e Donald Trump.

Rutte, que assumiu o cargo de chefe da Otan no último dia 1º de outubro, esteve no Reino Unido na última quinta-feira (10/10) e, além de se reunir com o premiê britânico Keir Starmer, também se encontrou com o presidente ucraniano.

Há meses, Zelensky tenta a liberação de ataques contra a Rússia utilizando armas de longo alcance transferidas por membros da Otan. Até o momento, no entanto, apenas operações com armas de curto alcance foram liberadas.

Sobre o assunto, Rutte deu sinal verde para o uso de tais armamentos contra a Rússia e disse que a Ucrânia tem permissão legal para os ataques.

“Legalmente, isso é possível porque a Ucrânia tem permissão para usar suas armas se elas puderem atingir alvos na Rússia, se esses alvos representarem ameaça à Ucrânia”, afirmou o secretário-geral da Otan.

Contudo, o ex-primeiro-ministro da Holanda alertou que a permissão – ou não – cabe aos países que compõem a aliança, e revelou que não aconteceram avanços sobre o tema.

“Não há nenhuma mudança nisso, porque, no fim, isso depende dos aliados que entregam certos sistemas de armas na Ucrânia, se eles podem ser usados para longa distância na Rússia”, declarou.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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Putin e Trump

Nos cerca de 7 minutos em que falou com imprensa em Londres, o novo secretário-geral da Otan ainda comentou sobre Vladimir Putin e disse que uma vitória da Rússia contra a Ucrânia implicará em uma séria questão de segurança para todos os países da aliança militar.

Assim como seu antecessor, Jens Stoltenberg, Rutte disse que o apoio do bloco militar à Ucrânia não diz respeito apenas ao país comandado por Zelensky.

“Não estamos nisso apenas pelo fato de querermos apoiar a Ucrânia. Sim, claro, essa é a principal razão, mas também porque apoiar a Ucrânia nessa luta contra a Rússia é crucial para nossa segurança coletiva aqui nesta parte da Europa, no Canadá, nos Estados Unidos e em todo o território da Otan”, declarou.

Além disso, o chefe da aliança militar foi questionado sobre recentes declarações do candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump. No início do ano, o republicano chegou a afirmar que, caso vença as eleições do próximo dia 5 de novembro, encorajaria a Rússia a atacar aliados que não atingissem metas de gastos com defesa. 

Questionado sobre o posicionamento do bilionário, que manteve boas relações com Putin em seu mandato, Rutte disse conhecer bem Trump por ter lidado com ele entre 2017 e 2021.

“Trabalhei em meu cargo anterior como primeiro-ministro por quatro anos com ele. Sei que ele entende completamente e concorda comigo que essa luta na Ucrânia não é apenas sobre a Ucrânia, é também sobre a segurança futura dos Estados Unidos. Ele sabe disso.”

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