Chefe da diplomacia na UE diz que Venezuela enfrentará “grave crise”
Josep Borrell afirmou que, sem a divulgação dos dados eleitorais, não será possível reconhecer Nicolás Maduro como presidente da Venezuela
atualizado
Compartilhar notícia
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou nesta segunda-feira (19/8) que, caso o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, insista em se declarar vencedor nas eleições sem divulgar detalhes, o país enfrentará uma “grave crise”.
A declaração foi feita durante um curso na Universidade Internacional Menéndez Pelayo, em Santander, na Espanha.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano não apresentou as atas da eleição, ou seja, os boletins das urnas que confirmariam o resultado de Nicolás Maduro. Esse é o principal motivo de cobrança de outros países, incluindo o Brasil.
Borrell chegou a insistir para que Maduro divulgasse as atas eleitorais com todos os detalhes, reconhecendo que Edmundo Gonzáles Urrutia “aparenta ser o vencedor das eleições presidenciais por uma maioria significativa.”
Segundo Borrell, se não houver divulgação dos dados que comprovem o resultado da eleição, não será possível aceitar o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). As informações são do Valor Econômico.
A União Europeia enviou um relatório para a ONU nesta segunda-feira sobre a eleição na Venezuela. De acordo com o texto, a votação do dia 28 de julho ocorreu em um “ambiente amplamente pacífico e foi logisticamente bem organizada”. No entanto, a gestão dos resultados da eleição “ficou aquém das medidas básicas de transparência e integridade essenciais para a realização de eleições críveis”.