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Chanceler lamenta veto à proposta do Brasil: “Preocupação humanitária”

Texto foi aprovado por 12 países do Conselho de Segurança da ONU, mas veto dos EUA inviabilizou a proposta do Brasil, que preside o órgão

atualizado

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Ali Jadallah /Anadolu via Getty Images
Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 proposta Brasil ONU vetada
1 de 1 Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 proposta Brasil ONU vetada - Foto: Ali Jadallah /Anadolu via Getty Images

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lamentou, nesta quarta-feira (18/10), o veto à proposta brasileira para uma resolução sobre o conflito entre Israel e o Hamas em reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em coletiva de imprensa, o chanceler afirmou que a proposta do Brasil, como presidente temporário do conselho, tinha um objetivo: “A nossa preocupação foi humanitária neste momento”, disse.

O chanceler Vieira ainda completou dizendo que era um pedido da maioria dos membros do conselho, de ter uma proposta mais “palatável para todos”. No entanto, o texto que foi aceito somente por 12 dos 15 membros e precisaria de unanimidade.

“Infelizmente, não foi possível aprovar essa resolução. Ficou clara uma divisão de opiniões, mas acho que, do nosso ponto de vista,  fizemos todo o esforço possível para que cessassem todas as hostilidades e parassem o sacrifício humano”, analisou.

O veto

A representação dos EUA na reunião justificou o veto por causa de uma mudança no texto da proposta, de incluir um pedido de cessar-fogo imediato. Essa alteração foi feita pela Rússia.

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Cidadãos palestinos inspecionam sua casa destruída durante os ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 em Khan Yunis, Gaza
Uma visão da devastação na cidade de Beit Hanoun da cidade israelense de Sderot após ataques aéreos israelenses em 16 de outubro de 2023
Equipes de defesa civil e moradores locais tentam resgatar pessoas dos escombros da casa destruída de uma família palestina atingida por um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, Gaza, em 16 de outubro de 2023
Criança palestina ferida é transportada para o Hospital Naseer após ataque aéreo israelense enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Khan Yunis, Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2023
Equipes de defesa civil e residentes lançam uma operação de busca e resgate em torno dos escombros de edifícios destruídos enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Rafah, Gaza, em 16 de outubro de 2023
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Israel continua a enviar soldados, tanques e veículos blindados perto da fronteira de Gaza em Ashkelon, Israel, em 16 de outubro de 2023

Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Cidadãos palestinos inspecionam sua casa destruída durante os ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 em Khan Yunis, Gaza

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Uma visão da devastação na cidade de Beit Hanoun da cidade israelense de Sderot após ataques aéreos israelenses em 16 de outubro de 2023

Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
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Equipes de defesa civil e moradores locais tentam resgatar pessoas dos escombros da casa destruída de uma família palestina atingida por um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, Gaza, em 16 de outubro de 2023

Belal Khaled/Anadolu via Imagens Getty
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Criança palestina ferida é transportada para o Hospital Naseer após ataque aéreo israelense enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Khan Yunis, Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2023

Mustafa Hassona/Anadolu via Getty Images
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Equipes de defesa civil e residentes lançam uma operação de busca e resgate em torno dos escombros de edifícios destruídos enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Rafah, Gaza, em 16 de outubro de 2023

Rahim Khatib/Anadolu através da Getty Images
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Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023

Ali Jadallah /Anadolu via Getty Images

No placar geral, 12 países votaram a favor da proposta brasileira, Rússia e Reino Unido se abstiveram e apenas os EUA votou contra. A representação dos Estados Unidos argumenta sobre a necessidade de uma cláusula sobre o direito de Israel se defender. Membros permanentes do conselho têm poder de veto, independente do resultado da votação. Os EUA é membro permanente.

Países que votaram a favor do texto brasileiro: Albânia, Brasil, China, Emirados Árabes, Equador, França, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.

O presidente norte-americano Joe Biden se encontrou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quarta.

Proposta brasileira na ONU

Entre as propostas do texto do Brasil estavam “pausas humanitárias para permitir o acesso humanitário rápido e seguro”.

A proposta da diplomacia brasileira também previa a revogação imediata da ordem de evacuação das áreas ao norte da Faixa de Gaza.

Também era enfatizada a necessidade de fornecer eletricidade, água, alimentos e medicamentos para a população civil de Gaza.

Outro ponto que estava na proposta brasileira era a libertação imediata e incondicional dos reféns civis, sequestrados por integrantes do Hamas no dia 7 de outubro.

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