Chade vive tensão em confrontos com mortes entre governo e oposição
Uma forte tensão tomou conta do Chade, na África Central, após forças governistas e de oposição entrarem em confronto na capital do país
atualizado
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Uma forte tensão tomou conta do Chade, na África Central, após forças governistas e de oposição entrarem em confronto na capital do país, N’Djamena, nesta quarta-feira (25/2).
Segundo autoridades locais, um ataque ao escritório da agência de segurança interna do Chade (ANSE) deixou vários mortos na noite de terça-feira (27/2), sem detalhar a quantidade de vítimas no país da África Central.
O governo chadiano acusou o Partido Socialista Sem Fronteiras (PSF) de estar por trás da ação, mas afirmou que a situação já estava “completamente sob controle” e que as pessoas envolvidas no ato foram presas “ou estão sendo procurados e serão processados”.
Além dos confrontos na agência de segurança interna, o comunicado divulgado por Koulamallah Abderaman, ministro da Reconciliação Nacional e Coesão Social, acusou um membro da oposição de tentar assassinar o presidente do Supremo Tribunal, Samir Adam Annour.
A tentativa de assassinato, no entanto, falhou e o acusado, identificado como Ahmed Torabi, foi morto pelas forças de segurança.
Após o incidente, a sede do PSF foi atacada por forças do governo e tiros foram ouvidos na região. Ao mesmo tempo, a mídia local relatou que homens armados tentaram invadir o palácio presidencial.
Os confrontos entre governo e oposição acontecem um dia após a agência eleitoral do Chade confirmar a data das próximas eleições presidenciais do país para 6 de maio.
O novo pleito traz uma luz para o país africano, governado por uma junta militar sob o comando de Mahamat Idriss Deby Itno desde 2021. O atual presidente transitório assumiu o poder após seu pai, Idriss Déby, ser morto em confronto com um grupo rebelde armado após quase 30 anos no poder.
Após assumir o comando do Chade, Mahamat Déby Itno suspendeu a Constituição e dissolveu o Parlamento, e prometeu passar o poder a um governo eleito após 18 meses – o que não foi cumprido.