1 de 1 As pessoas se alinham para serem convocadas para o exército em 5 de março de 2022 em Lviv, Ucrânia. De acordo com as últimas informações, a Ucrânia suspende a evacuação de civis de Mariupol em vista do rompimento do cessar-fogo pela Rússia para abrir corredores humanitários. O saldo da guerra, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia, é de mais de 2.000 civis mortos e mais de um milhão de refugiados fugiram do país
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Cerca de 13 mil pessoas foram evacuadas de diversas cidades da Ucrânia neste sábado (12/3). A informação foi divulgada pela vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.
Segundo a representante ucraniana, o número de pessoas que escaparam é quase o dobro dessa sexta (11/3).
Vereshchuk também informou que ninguém conseguiu sair da cidade de Mariupol, que enfrenta bombardeios russos há 10 dias. Ela culpa a invasão comandada por Putin pela obstrução.
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Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o termo "corredores humanitários" tem sido utilizado no noticiário internacional para se referir à retirada de civis da área de conflito e para o fornecimento de suprimentos para as regiões ucranianas dominadas por tropas russas
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Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerra
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A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado
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Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporária
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Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locais
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Eles podem ser usados também para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas
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O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, à ONU ou a organizações de ajuda como a Cruz Vermelha
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Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredor
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Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Durante o chamado "Kindertransport", de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazista
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Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018
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Em casos raros, as zonas são organizadas apenas por uma das partes em conflito. Isso aconteceu com o transporte aéreo americano após o bloqueio de Berlim pela União Soviética, de 1948 a 1949
Mais cedo neste sábado, a vice-primeira-ministra anunciou que 14 corredores humanitários seriam abertos para a evacuação de pessoas nas regiões de Kiev, Donetsk, Sumy e Zaporizhzhia.
Negociações dão “passos positivos”
Mais cedo neste sábado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que as negociações entre a Ucrânia e a Rússia têm dados “passos positivos”. A fala ocorreu durante entrevista coletiva, onde o líder ucraniano também disse “estar feliz”.
Zelensky não deixou claro quando ocorreram as últimas negociações. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, já afirmou que as tratativas acontecem “quase diariamente”. Representantes dos dois país encontraram-se presencialmente em quatro ocasiões.
Em sua declaração, o presidente ucraniano divulgou que no mínimo 1,3 mil soldados ucranianos morreram desde o início das invasões russas. Este é o primeiro saldo divulgado pela Ucrânia até agora. Já a Rússia “sofreu muito mais baixas”.