Amorim diz que ordem de prisão contra opositor de Maduro é preocupante
Segundo Celso Amorim, o governo brasileiro enxerga o pedido de prisão contra o opositor de Maduro, Edmundo González, com preocupação
atualizado
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O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para política externa, Celso Amorim, expressou preocupação com a ordem de prisão de Edmundo González, que disputou as eleições presidenciais da Venezuela contra Nicolás Maduro em julho deste ano. A declaração do ex-chanceler brasileiro aconteceu nesta terça-feira (3/9), em entrevista à Reuters.
De acordo com Amorim, o governo brasileiro classifica os recentes desdobramentos na Venezuela como “muito preocupantes”. O diplomata ainda afirmou que uma possível detenção de Edmundo González seria enquadrada como uma “prisão política”, o que não poderia ser aceito pelo Brasil.
Em conversa com a agência, Amorim reafirmou o posicionamento do presidente Lula, que na última sexta-feira (30/8) disse não reconhecer a vitória de Maduro nem da oposição nas eleições da Venezuela.
“A situação eleitoral na Venezuela não está resolvida, não vemos vitória para um lado ou para outro”, disse Amorim.
González na mira das autoridades
Edmundo González entrou na mira da Justiça venezuelana nessa segunda-feira (2/9), após a Procuradoria-Geral do país solicitar sua prisão. O ex-diplomata é acusado pelo regime de Nicolás Maduro de usurpação de funções, incitação a atividades ilegais e falsificação de documentos oficiais.
Horas depois, um tribunal da Venezuela acatou o pedido do Ministério Público, e ordenou a prisão de González, que disputou as eleições presidenciais venezuelanas do último dia 28 de julho.
Até o momento, não há informações se o mandado de prisão já foi cumprido.