A reunião extraordinária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), prevista para nesta quinta-feira (30/1) em Honduras, foi oficialmente cancelada.
De acordo com a presidente hondurenha, Xiomara Castro, que também ocupa a presidência pró-tempore do bloco regional, o encontro foi cancelado devido à falta de consenso entre os países-membros.
“Honduras, no exercício da presidência pró-tempore da Celac, cancela a reunião extraordinária de chefes de Estado e de governo convocada para 30 de janeiro devido à falta de consenso entre os países participantes”, informou a Chancelaria hondurenha em comunicado oficial.
Entenda o caso
Crise que seria discutida na reunião da Celac começou depois que o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recusou-se a receber deportados dos EUA.
A reunião havia sido convocada de forma urgente para discutir três temas centrais: migração, unidade latino-americana e caribenha e meio ambiente.
A crise começou com a controvérsia entre os presidentes Trump e Petro, depois que o governo colombiano bloqueou a entrada em Bogotá de voos militares com migrantes deportados dos Estados Unidos.
Diante do bloqueio, Trump ordenou um aumento de 25% nas tarifas sobre importações colombianas, ao que Petro respondeu prometendo medidas na mesma proporção.
Naquele momento, Petro escreveu em sua conta na rede X que havia solicitado à presidente Castro a convocação da reunião da Celac e que compareceria “pessoalmente” a Tegucigalpa.
Após horas de tensão, Bogotá aceitou os termos das políticas do mandatário republicano e desativou uma disputa que se intensificava.
Dois aviões da Força Aérea Colombiana decolaram na segunda-feira (27/1) de Bogotá rumo às cidades americanas de San Diego e Houston e retornaram nesta terça-feira (28/1) à capital colombiana com cerca de 200 migrantes deportados.
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