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Catalunha vai às urnas em disputa eleitoral indefinida

Convocada por Madri, votação pode definir futuro da região

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EMILIO MORENATTI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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1 de 1 catalunha - Foto: EMILIO MORENATTI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mais de 5,5 milhões de eleitores catalães vão às urnas nesta quinta-feira (21/12) para eleger os 135 novos deputados do Parlamento local, após a dissolvimento do poder regional com a polêmica declaração de independência da Catalunha da Espanha.

Ao todo, são 38 listas em disputas – com 18 candidatos vivendo no “exílio” – e há 2.680 postos de votação, que ficarão abertos entre às 9h e às 20h (6h às 17h, no horário de Brasília).

Convocadas pelo governo de Madri, as eleições devem definir a força que o movimento pró-independência terá na região a partir de agora.

O ex-presidente da região Carles Puigdemont está vivendo no exílio na Bélgica, após ter um pedido de prisão decretado pela Justiça por “rebelião”. Seu então vice, Oriol Junqueras, apontado como favorito na disputa, está na prisão na capital espanhola ao lado de outros três ex-dirigentes da Generalitat.

Favoritos
Há sete listas consideradas “principais” em disputa, sendo três delas em prol da independência – Esquerda Republicana (ERC), Juntos pela Catalunha (JxCat) e os independentes do CUP -, três pró-Espanha (Cidadãos, PSC e Partido Progressista) e uma próxima ao partido Podemos, a CeC, que pode surgir como “terceira via” entre as duas primeiras.

Entre os favoritos, estão Puigdemont, líder da lista JxCat, Junqueras, da ERC, e Ines Arrimadas, a líder do Cidadãos. As projeções da mídia local dão que apenas os partidos pró-independência teriam uma maioria no Parlamento, se houver união pós-eleições, criando um cenário complicado para qualquer candidato “de Madri” se vencer.

A eleição parlamentar deve ser feita na segunda metade de janeiro, em um cenário bastante difícil de dar prognóstico antes da disputa.

Contagem de votos
Haverá uma dupla contagem de votos amanhã após o fechamento das urnas, anunciou a organização da sociedade civil independentista ANC. A ideia é verificar com exatidão o resultado que será anunciado por Madri.

Por conta do comissariamento local, há a desconfiança de que o governo de Mariano Rajoy possa interferir na votação. Por isso, a ANC anunciou a criação de uma central de contagem no Museu da Marinha de Barcelona, onde mais de 200 membros e simpatizantes da entidade ajudarão na contabilização dos dados enviados por mais de 17 mil voluntários, que atuarão em todos os postos de votação.

Mais de duas mil pessoas também ajudarão na contagem dos votos dos catalães no exterior, que ocorrem em 68 consulados em 40 países.

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