Casal desaparecido há 75 anos é achado após geleira derreter na Suíça
Marcelin e Francine Dumoulin, pais de 7 filhos, tinham saído para tirar leite de suas vacas, em agosto de 1942
atualizado
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Os corpos congelados de um casal suíço que desapareceu há 75 anos nos Alpes foi encontrado em uma geleira que está encolhendo, relatou a mídia suíça nesta terça-feira (18/7). Marcelin e Francine Dumoulin, pais de 7 filhos, tinham saído para tirar leite de suas vacas em um campo no vilarejo de Chandolin, no Distrito de Valais, no dia 15 de agosto de 1942.
“Nós passamos nossas vidas inteiras procurando por eles, sem parar. Nós pensávamos que poderíamos dar a eles o funeral que mereciam um dia”, disse a filha mais nova do casal, Marceline Udry-Dumoulin, de 79 anos, ao jornal Le Matin. “Eu posso dizer que após 75 anos de espera essa notícia me dá um profundo sentimento de calma”, acrescentou.
Testes de DNA serão realizados para confirmar a identidade do casal. “Os corpos estavam deitados um ao lado do outro. Era um homem e uma mulher usando roupas datadas do período da 2ª Guerra”, disse Bernhard Tschannen, diretor da Glacier 3000, operadora de teleféricos de estações de esqui na região, ao jornal. Junto com os corpos foram encontrados também mochilas, tigelas e uma garrafa de vidro.
“Eles estavam perfeitamente preservados na geleira e seus pertences estavam intactos”, disse. “Pensamos que eles podem ter caído dentro de uma fenda, onde ficaram por décadas. Na medida que a geleira recuou, ela revelou seus corpos”, disse ao jornal Tribune de Geneve.
Não era comum Francin Dumoulin, educadora de profissão, realizar tais caminhadas pela geleira junto a seu marido, um sapateiro, já que ela passou a maior parte da sua vida adulta grávida e passar pelo terreno em que foram encontrados exigia muito esforço, refletiu a filha do casal.
A caçula da família Dumoulin afirmou, além disso, que tinha perdido contato com seus irmãos, já que após o trágico incidente, cada um tinha sido destinado a uma família diferente. “No funeral, não me vestirei de preto. Acredito que a cor branca seja mais apropriada, porque representa a esperança que nunca perdi”, explicou ao jornal Mancelin.