Carta enviada em abril alertava sobre riscos de prédio em Miami
Carta escrita pela presidente da administradora do condomínio fala que os danos no prédio “pioraram significativamente”
atualizado
Compartilhar notícia
Cerca de três meses antes do desabamento parcial de um prédio residencial em Surfside, na Flórida (EUA), na última quinta-feira (24/6), a presidente da administradora do condomínio alertou em carta que os danos no prédio “pioraram significativamente” desde que foi feita a última inspeção, no ano de 2018.
Na carta, enviada aos residentes pela diretora Jean Wodnicki, havia uma lista de projetos de construção necessários no prédio. O valor: US$ 15 milhões. Wodnicki solicitou aos moradores o pagamento para a realização da reforma.
Com a inspeção de 2018, que citou “grandes danos estruturais”, a carta acrescenta que engenheiros alertaram sobre sérias falhas nos meses de construção e até anos antes da queda do edifício.
Essa inspeção de 2018 alertou que os danos concretos “se multiplicariam exponencialmente” nos anos seguintes, revelaram USA Today e The Wall Street Journal.
Entenda
O número de mortos no desabamento do edifício Champlain Towers South, em Miami, nos Estados Unidos, subiu para 16 após equipes de resgate encontrarem mais corpos nos destroços.
Há 149 pessoas desaparecidas, segundo a prefeita Daniella Levine Canva.
“Podem ter certeza de que essa equipe vai continuar a trabalhar naquela pilha, não vai parar e vai trazer respostas, de um jeito ou de outro”, disse o governador da Flórida, Ron DeSantis, em uma coletiva de imprensa.
Na próxima quinta-feira (1º/7), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, visitarão o local do desabamento.
Entre os desaparecidos está o brasileiro Lorenzo, de 5 anos, e o pai, o ítalo-americano Alfredo Leone. Eles moravam no local e dormiam no momento em que uma das torres do condomínio Champlain Towers South veio abaixo. A mãe da criança, a brasileira Raquel Oliveira, estava visitando a família em outro estado.