Carta em carro confirmaria pista terrorista de ataque na Holanda
A polícia prendeu Gokmen Tanis, o principal suspeito pelo atentado, o irmão dele e uma terceira pessoa, que não teve a identidade revelada
atualizado
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Os investigadores do ataque de Utrecht, na Holanda – que deixou três mortos e cinco feridos em um bonde elétrico –, indicaram nesta terça-feira (19/3) que consideram, seriamente, como pista terrorista uma carta encontrada no carro do principal suspeito.
Em um comunicado conjunto, o Ministério Público holandês e a polícia informaram que, por ora, não foi estabelecido nenhum vínculo entre o suspeito, de origem turca, e as vítimas do ataque de segunda-feira (18) em um bonde da cidade.
Na véspera, as autoridades holandesas afirmaram que, provavelmente, a ação teve motivação terrorista, mas que “não podiam descartar” outras razões, como uma disputa familiar. Na tarde de segunda-feira, a polícia prendeu um homem identificado como Gokmen Tanis, de 37 anos, considerado o principal suspeito
A polícia da Holanda interroga nesta terça-feira (19) as três pessoas detidas após o ataque, incluindo Tanis. Ele foi detido horas depois do irmão mais novo, conhecido pelo Serviço Geral de Inteligência e Segurança da Holanda (AIVD, sigla em holandês) por suas ideias extremistas. Uma terceira pessoa também foi presa, mas não teve a identidade divulgada.
Segundo fontes da polícia, Tanis tem pelo menos nove antecedentes criminais desde 2012 por “crimes comuns” e, há duas semanas, teve de testemunhar em três casos: roubo de bicicletas na rua, roubo em uma loja de bicicletas e caso de estupro e maus-tratos a uma mulher, crime pelo qual ficou preso.
Amigos e pessoas próximas a ele, que também foram interrogados pela polícia, o descreveram como um homem “pouco estável” e com “problemas psicológicos”, mas também ressaltaram que há dois anos, após um divórcio, ele teve fases nas quais era um “religioso muito praticante e que deixava a barba crescer” e “só se dedicava a beber álcool”.
Já o irmão está ligado a alguns movimentos salafistas e, segundo o AIVD, lutou na Chechênia com um grupo jihadista há alguns anos e compartilhou nas redes sociais textos nos quais ele chama de os democratas e ateus de “malditos”. (Com agências internacionais).