Candidatos do Equador aceitam recontagem de votos em eleição
Pedido foi feito ao Conselho Nacional Eleitoral para que fosse afastada quando suspeita de fraude no primeiro turno presidencial
atualizado
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O ex-banqueiro Guillermo Lasso e o líder indígena de esquerda Yaku Pérez, que disputam uma vaga no segundo turno das eleições presidenciais no Equador, aceitaram solicitar ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) uma recontagem de votos para descartar a possibilidade de fraude no primeiro turno.
“Nossa proposta é suspender o processo (eleitoral) até que se faça a recontagem nas 24 províncias”, disse Pérez, durante encontro com Lasso na sede do CNE, em Quito
Na reunião, da qual também participaram observadores internacionais – entre eles da Organização dos Estados Americanos (OEA) –, Pérez acrescentou que há “uma oportunidade histórica de demonstrar ao país que não houve fraude e o processo eleitoral (de domingo) ocorreu de forma transparente”.
Pérez acusou da tentativa de fraude o que chamou de “um novo Nostradamus”, que “conhecia com antecedência os resultados” e “já não está no Equador”, em clara alusão ao ex-presidente Rafael Correa.
Segundo turno
O líder indígena, um advogado ambientalista de 51 anos, disse que querem impedir sua participação no segundo turno – ele tinha 19,38% dos votos até ser empurrado para o terceiro lugar, na quarta-feira pelo conservador Lasso, de 65 anos, que obteve 19,74%.
Um deles disputará a presidência no segundo turno contra o economista Andrés Arauz, de 36 anos, candidato de Correa. Ele teve 32,7% dos votos, segundo apuração preliminar, que na sexta-feira (12/2) tinha alcançado 99,96% das atas eleitorais.
Lasso, que viajou de Guayaquil a Quito para a reunião, apoiou a proposta de recontar os voto. “Que seja feita a recontagem dos votos no marco da lei, pois se não tivermos a lei como base estaremos abandonando do Estado de direito e isso é o caminho mais perigoso para produzir um caos, uma desordem totalmente fora do objetivo do povo equatoriano”, disse.