Candidata à Presidência dos EUA é presa em protesto pró-Palestina
Jill Stein esteve no protesto para apoiar os estudantes da Universidade de Washington, que pedem o cessar-fogo na Faixa de Gaza
atualizado
Compartilhar notícia
Jill Stein, candidata do Partido Verde às eleições presidenciais dos Estados Unidos, foi presa no sábado (27/4) em uma manifestação pró-Palestina na Universidade de Washington. Outras 80 pessoas foram detidas na instituição de ensino em decorrência do protesto.
Os estudantes pedem o boicote às instituições acadêmicas ligadas a Israel e o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“A candidata presidencial do Partido Verde, Dra. Jill Stein, o gerente de campanha Jason Call e a vice-gerente de campanha Kelly Merrill-Cayer foram presos junto com aproximadamente 100 outras pessoas – a maioria estudantes da Universidade de Washington – em um acampamento montado no sábado nas dependências da universidade”, diz trecho do comunicado divulgado pela campanha da candidata, que tem origem judaica.
Confira o momento da prisão de Jill Stein:
“A exigência do acampamento era especificamente para que a universidade corte laços com a Boeing, que fabrica munições utilizadas no genocídio em curso contra o povo palestino em Gaza, nas suas instalações próximas de St. Charles. A campanha de Stein apoia as demandas dos estudantes e seus protestos e reuniões pacíficas no campus. O protesto estudantil pela paz e pelas liberdades civis sempre representou a melhor parte da nossa consciência moral coletiva. Solidariedade”, argumenta a equipe de Jill Stein.
Quem é Jill Stein?
Jill Ellen Stein, de 73 anos, é natural de Chicago. Ela é formada em medicina pela Universidade Harvard e é a candidata à Casa Branca pelo Partido Verde, que tem como principal bandeira a defesa do meio ambiente.
Não é a primeira vez que Jill Stein se candidata para presidir os Estados Unidos. Ela disputou a campanha presidencial de 2012 e 2016, mas não obteve êxito. A médica também foi candidata a governadora de Massachusetts em 2002 e 2010.
Nas redes sociais, ela fala sobre a origem judaica da família e se posiciona contra a guerra na Faixa de Gaza.
“Como judia que cresceu logo após o Holocausto, com parentes que fugiram dos pogroms e um avô chamado Israel, eu levo o ‘nunca mais’ a sério. E isso significa nunca mais para ninguém. Nunca mais é agora. Devemos pôr fim imediato a este genocídio”, diz o trecho do vídeo divulgado pela equipe dela.
Manifestações nos EUA
Os Estados Unidos têm registrado uma onda de manifestações de estudantes pró-Palestina. Alunos reivindicam o cessar-fogo e o fim das relações das unidades de ensino com empresas ligadas a Israel.
As manifestações foram registradas em:
- Universidade Harvard
- Universidade de Nova York
- Universidade de Yale
- Universidade do Texas
- Universidade Emory
- Emerson College de Boston
- Universidade de Cambridge
- Universidade de Indiana
- Universidade George Washington
- Campus Humboldt da Universidade Politécnica do Estado da Califórnia