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Burkina Faso e Mali: intervenção em Níger será declaração de guerra

Declaração acontece dias após um bloco africano ameaçar o uso da força contra militares que tomaram o poder no Níger

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Imagem colorida mostra líderes de Burkina Faso e Mali sentados lado a lado durante um encontro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra líderes de Burkina Faso e Mali sentados lado a lado durante um encontro - Metrópoles - Foto: Anadolu Agency/Getty Images

Os governos de Burkina Faso e Mali expressaram solidariedade a militares que aplicaram um golpe de Estado no Níger, na última quarta-feira (26/7). Os dois países afirmaram que qualquer tipo de intervenção militar estrangeira no país será considerada uma declaração de guerra contra suas nações.

“Qualquer intervenção militar contra o Níger equivaleria a uma declaração de guerra contra Burkina Faso e Mali”, disseram os militares, em um comunicado divulgado nessa segunda-feira (30/7).

A declaração dos dois regimes, que sofreram com golpes militares recentemente, acontece pouco tempo depois da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) ameaçar usar a força caso militares não renunciassem no Níger e entregassem o ex-presidente Mohamed Bazoum.

O bloco deu uma semana, a partir do último domingo (30/7), para que os militares no Níger cumprissem suas exigências. Caso contrário, países membros usariam “todas as medidas” necessárias para restaurar a ordem constitucional no país.

A eminência de um possível conflito na África Ocidental acontece em um momento de incertezas e instabilidade na área que ficou conhecida como “cinturão golpista”. Desde 2020, militares derrubaram seis governos na região.

Passos a serem seguidos

Com a tomada de poder pelos militares no Níger, o temor é de que o novo regime siga os passos dos vizinhos Mali e Burkina Faso, que se voltaram contra o Ocidente e buscaram uma maior aproximação com a Rússia.

Poucos dias após a mudança de regime no país, que fica localizado em uma das regiões mais instáveis da África Ocidental, o Sahel, o desgaste com governos que antes eram parceiros já ficou evidente. Na última sexta-feira (28/7), a junta militar que tomou o poder no Níger suspendeu a exportação de urânio e ouro para a França. Como resposta, os franceses e a União Europeia cortaram a cooperação com o país africano.

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