Burca é obstáculo à integração, diz Angela Merkel
A chanceler alemã também deu pleno apoio para o ministro do Interior, Thomas de Maizière, estabelecer possíveis “proibições parciais” da peça
atualizado
Compartilhar notícia
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, colocou mais lenha na fogueira do debate sobre restrições a trajes islâmicos na Europa e disse nessa quinta-feira (18/9) que a burca, roupa que cobre todo o rosto da mulher, inclusive os olhos, é um “obstáculo à integração”.
Além disso, ela deu pleno apoio para o ministro do Interior, Thomas de Maizière, estabelecer possíveis “proibições parciais” da peça. “No meu ponto de vista, uma mulher totalmente coberta tem poucas possibilidades de se integrar”, declarou Merkel.O partido da chanceler deve apresentar ainda nesta semana um documento pedindo o veto à burca e ao niqab, que deixa apenas os olhos à mostra, em edifícios públicos, em manifestações e ao volante de automóveis.
Recentemente, a cidade de Cannes, na França, proibiu o uso de “burkini” (junção das palavras burca e biquíni) em suas praias e recebeu o apoio do primeiro-ministro Manuel Valls, que disse ser a favor de uma lei nacional contra o traje de banho islâmico.
Setores conservadores também têm pressionado o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, para vetar o uso da burca no país.