Britânicos começam a se arrepender por Brexit, aponta pesquisa
De acordo com a publicação, para 45% dos entrevistados a saída é um “erro” enquanto 43% acreditam que esse é o melhor caminho
atualizado
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Uma pesquisa realizada pelo instituto YouGov e divulgada nesta quinta-feira (27/4) pelo jornal Times mostra que uma parte dos britânicos já se mostra arrependida pela saída do país da União Europeia, o chamado Brexit. De acordo com a publicação, para 45% dos entrevistados a saída é um “erro” enquanto 43% mantém sua postura e acreditam que esse é o melhor caminho e 12% se dizem indecisos quanto ao tema.
Em junho do ano passado, 51,9% dos britânicos votaram a favor do “Leave” e o processo formal de saída, com a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, foi iniciado em 29 de março. Agora, são esperados ao menos dois anos de negociação para a separação total de fato.
“Estamos interessados no fato de que, entre as prioridades da negociação, já na primeira fase, esteja o destino dos cidadãos de diversos países europeus que moram no Reino Unido, Incluindo os 15% que são italianos. Temos o dever e o direito de pretender para nossos cidadãos as proteções e direitos administrativos corretos”, disse o premier.
Gentiloni ainda falou que aqueles políticos que afirmaram que o “Brexit” seria uma “explosão da União Europeia” estão “completamente errados”.
“Nós estamos na direção da negociação com alguns princípios inspiradores. Nós somos e permanecemos aliados do Reino Unido. Não confundamos as dinâmicas que se abriram com o ‘Brexit’ com uma negociação que será muito complicada”, ressaltou.
Após o pronunciamento do premier, a Câmara aprovou o texto apresentado por Gentiloni para o Conselho, com 308 votos a favor, 92 contrários e duas abstenções.
Quem também comentou sobre a saída britânica do bloco foi a chanceler alemã, Angela Merkel. Segundo a líder, “um terceiro Estado, como será a Grã-Bretanha, não poderá ter os mesmos direitos de um Estado europeu”.
“Tenho a sensação de que algumas pessoas na Grã-Bretanha estão se enchendo de ilusões e deve ser explicado, claramente, que esse tempo acabou”, acrescentou.