Brics recebeu 19 pedidos de adesão antes de cúpula na África do Sul
Representante sul-africano no Brics informou que o grupo debate a possibilidade de expandir membros antes da cúpula no país, em agosto
atualizado
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Os integrantes do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) receberam pelo menos 19 pedidos de adesão ao bloco econômico, segundo informou o representante da África do Sul para o Brics, Anil Sooklal. O tema será debatido em reunião com ministros das Relações Exteriores dos países membros, marcada para os dias 2 e 3 de junho na Cidade do Cabo.
A possibilidade de expansão é discutida de forma contundente desde a última cúpula na China, em 2022. O assunto, no entanto, é visto com ressalvas. Apesar de Pequim defender a entrada de outros países, os demais integrantes veem esse movimento com preocupação, pelos riscos envolvidos.
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Segundo Sooklal, 13 países fizeram pedidos formais para entrar no grupo, enquanto outros seis realizaram consultas informais sobre o assunto. O Brics criou um grupo de trabalho especificamente para o tema, focado em estabelecer regras e diretrizes para uma eventual expansão.
“O que vai ser discutido é a expansão dos Brics e a forma como isso vai acontecer”, afirmou o diplomata sul-africano, em entrevista à imprensa local nessa segunda-feira (24/4). “Treze países pediram formalmente para aderir, e outros cinco ou seis fizeram consultas informais. Estamos recebendo pedidos todos os dias”, completou.
“Aumentar o número de membros é algo que, a princípio, os nossos líderes concordaram, mas estamos discutindo sobre como e quando isso ocorrerá”, prosseguiu.
A expansão do Brics começou em 201o, com a adesão da África do Sul ao grupo de países emergentes. Entre as nações que formalizaram os pedidos para entrar no bloco estão Irã, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, na Ásia, Egito e Argélia, na África, e Argentina, na América Latina.
Impasse com a Rússia
A realização da próxima reunião dos Brics, entre os dias 22 e 24 de agosto na África do Sul, se tornou uma incógnita desde que o Tribunal de Haia emitiu um mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em março deste ano.
Por reconhecer a jurisdição da Corte, a África do Sul teria como obrigação prender e extraditar Putin para a Holanda, onde o líder russo seria julgado pelo Tribunal de Haia.
Com a situação delicada envolvendo o presidente da Rússia, o porta-voz da presidência afirmou que o governo de Cyril Ramaphosa busca “mais compromissos em termos de como isso será gerenciado”, e que assim que as negociações forem concluídas os anúncios necessários serão realizados.