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Brics: cúpula discutirá reformas na governança global, diz África do Sul

País sede do encontro dos Brics adiantou assuntos que estarão na pauta da cúpula deste mês

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1 de 1 Imagem mostra bandeiras do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul hasteadas - Metrópoles - Foto: NurPhoto/Getty Images

Prestes a sediar a próxima cúpula dos Brics, entre os dias 22 e 24 de agosto em Joanesburgo, a África do Sul afirmou que a reunião será uma oportunidade de discutir “reformas significativas na governança global”. A declaração foi feita pela ministra das Relações Exteriores, Naledi Pandor, em entrevista coletiva realizada nessa segunda-feira (7/8).

Segundo a chanceler sul-africana, a cúpula deste ano terá como objetivo o fortalecimento de “parcerias mutuamente benéficas com a África e o Sul Global em um mundo multipolar, aprofundando e fortalecendo o multilateralismo progressivo e realizando reformas significativas na governança global”.

Além do estreitamento nas relações entre os Brics e o continente africano, a entrada de novos membros no grupo será um dos principais temas da cúpula. Naledi Pandor anunciou que líderes de 23 países manifestaram, oficialmente, o desejo de ingressar no bloco.

Os países interessados são: Argélia, Argentina, Arábia Saudita, Bangladesh, Bahrein, Belarus, Bolívia, Cuba, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Honduras, Indonésia, Irã, Cazaquistão, Kuwait, Marrocos, Nigéria, Palestina, Senegal, Tailândia, Venezuela e Vietnã.

Ao todo, a África do Sul confirmou que 67 países foram convidados para a reunião. A cúpula, no entanto, não vai contar com a presença do chefe de Estado da Rússia, uma das nações fundadoras dos Brics.

Após um longo impasse, o Kremlin anunciou que Putin vai participar da reunião de forma virtual. O presidente da Rússia é alvo do Tribunal de Haia, acusado de crimes de guerra, e sua presença na cúpula poderia causar problemas diplomáticos para a anfitriã África do Sul. Por seguir a jurisdição da Corte Internacional, o país liderado por Cyril Ramaphosa teria que cumprir o mandato de prisão contra o líder russo.

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