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Brasileiros relatam momentos de desespero durante atentado em Nice

Ao menos 84 pessoas morreram e outras 18 ficaram gravemente feridas após um franco-tunisiano invadir uma área fechada à circulação de veículos e acelerar um caminhão de mais de 15 toneladas contra o público

atualizado

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Reprodução/Arquivo Pessoal/G1
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1 de 1 andersonhappel - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/G1

Ao menos seis brasileiros presenciaram o ataque que deixou 84 mortos e 18 feridos em estado crítico na cidade francesa de Nice nessa quinta-feira (14/7). Eles relataram o desespero que se instalou na cidade no momento em que o franco-tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel acelerou um caminhão de mais de 15 toneladas contra o público, que celebrava a festa nacional da Queda da Bastilha na Promenade des Anglais.

O jornalista do Metrópoles Arthur Herdy, que está em Nice, perto do local do ataque, relatou que foram momentos de desespero. “Estava bem cheio na hora dos fogos, era 22h, horário local. Estava andando e parei em uma rua estreita e cheia de gente. De repente, vem uma gritaria e uma correria. Não dá para medir o desespero. Um sufoco, mas estou bem”, contou.

A brasileira Jucirema Cunier, de 42 anos, estava em um restaurante a 300 metros do local do ataque e contou à Folha de S. Paulo que viu as pessoas caindo da avenida, que fica um nível acima de se encontrava. “Os fogos eram lindos, estava uma atmosfera positiva, as pessoas estavam felizes celebrando e, de repente, estavam gritando e caindo no restaurante. Teve gente correndo para se abrigar lá e gente correndo para o mar. Foi uma coisa horrorosa”, relatou ao jornal.

Gabriela Rabaldo, de 22 anos, também falou à Folha sobre o clima na cidade no momento do atentado. “Todos tinham expressão de pânico, mães segurando os filhos… Os restaurantes começaram a fechar as portas”, contou à publicação.

O cearense Anderson Happel, de 24 anos, se feriu no atentado. Ele estava com a irmã na Promenade des Anglais quando o caminhão invadiu a avenida e atropelou as pessoas.

Empurrei a minha irmã e quando fui tentar correr, o para-choque bateu na minha perna esquerda e caí do outro lado. Todo mundo corria em pânico, chorando. Tinha muita criança morta e as mães pedindo a Deus para elas voltarem a viver. Vi muita gente morta, isso me deixou em estado de choque.

Anderson Happel, em entrevista ao G1

Ao Jornal Nacional, a jornalista Tarima Nistal, que estava perto de onde ocorreu o atropelamento, disse que tentou se abrigar na cozinha de um restaurante. “Fiquei muito assustada, achando que eu ia morrer mesmo. Parece coisa de filme. Parece coisa de cinema. A gente espera o pior acontecer, a gente ali fechada espera que alguém vai abrir a porta e sair atirando. Era essa a sensação e agora continua essa sensação de desespero. Espero que isso passe”, afirmou.

5 minutos
Luciana Dias Bomfim contou ao Estadão que trocou as férias em Paris por uns dias em Nice, justamente com medo de ataques terroristas. Ela estava na praia Promenade des Anglais com o namorado minutos antes do atentado.

“A praia estava lotada, num clima de réveillon, com cerca de 20 minutos de fogos, com crianças e idosos, lembrando muito o ano-novo de Copacabana. Assim que acabaram os fogos resolvemos voltar para o hotel. Tenho certeza que se ficássemos 5 minutos a mais poderíamos estar entre as vítimas”, relatou ao jornal.

“A gente veio voltando, pelas ruas principais. Quando olhamos para trás, vimos um mar de gente correndo. Eu corri como uma maluca, meu namorado segurou a minha mão, a gente correu muito rápido. Víamos na nossa frente as pessoas levantando do restaurante, deixando tudo como estava. E atrás aumentava a multidão, mais gente e muita gritaria”, completou a brasileira.

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