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Brasileiros deverão pagar taxa para entrar na União Europeia

Sistema deve contribuir para identificar e reduzir crimes e atos terroristas, além de impedir a migração irregular

atualizado

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1 de 1 parlamento europeu ia - Foto: Divulgação

A União Europeia vem discutindo, desde o ano passado, um novo sistema de vistos de entrada para turistas. Nesta quinta-feira (5/7), o Parlamento Europeu aprovou uma lei que será formalmente adotada pelo Conselho Europeu. Isso significa que o sistema de autorização de viagens estará operacional até 2021, quando os turistas não europeus isentos de visto terão de solicitar autorização na internet para visitar a Europa, a um custo individual de 7 euros.

O objetivo do Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem (Etias – European Travel Information and Authorisation System, em inglês), que foi aprovado por 484 votos a favor, 115 contra e 30 abstenções, é a segurança interna e o reforço das fronteiras externas da UE. O sistema tem o propósito declarado de contribuir para identificar e reduzir crimes e atos terroristas, além de impedir a migração irregular, diminuir tempos de procedimento de entrada nos países e melhorar a gestão das fronteiras.

A triagem servirá para identificar pessoas que possam representar risco antes que cheguem às fronteiras europeias. No entanto, segundo a eurodeputada húngara Kinga Gál, relatora do projeto, o Etias não deve ser um obstáculo para os viajantes comuns. “Será um processo fácil, uma verificação online antes de viajar para a UE”, disse Kinga Gál.

De acordo com o Parlamento Europeu, atualmente não há informação suficiente sobre os cidadãos de outros países que não precisam de visto para entrar na Europa, ficando o controle sob a responsabilidade de guardas de fronteiras, que muitas vezes não têm conhecimento sobre riscos de segurança, migratórios ou sanitários.

Completamente eletrônico, o sistema é destinado a visitantes de países que não precisam de visto para a zona Schengen. Atualmente, cidadãos de 62 países não pertencentes ao espaço Schengen, inclusive do Brasil, podem entrar na UE sem visto por até 90 dias. Estima-se que 39 milhões de visitantes isentos de visto vão a países da Europa em 2020.

O sistema eletrônico vai recolher dados pessoais como o nome, o tipo de documento de viagem, os dados biométricos (uma combinação de quatro impressões digitais e a imagem facial) e data e local de entrada e de saída e possíveis recusas de entrada. Serão também feitas uma série de perguntas básicas relacionadas com os antecedentes criminais e a presença em zonas de conflito.

A autorização custará 7 euros e será válida durante três anos, sendo gratuita para os menores de 18 e para os maiores de 70 anos. Além do uso para fins comerciais e de turismo, o novo sistema permitirá que as pessoas visitem os países da UE por motivos médicos e de trânsito.

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