Brasileiro relata tensão em protestos na Universidade de Columbia
Segundo relatos de um aluno brasileiro, além das prisões, estudantes enfrentam suspensões e expulsões durante protestos pró-palestinos
atualizado
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Estudantes norte-americanos continuam sendo presos durante protestos pró-palestinos e contra a guerra na Faixa de Gaza. As manifestações ocorrem desde o dia 18 de abril, iniciadas na Universidade de Columbia, em Nova York, Estados Unidos. O número de prisões chegou a mais de 800, nesta segunda-feira (29/4).
Os estudantes ainda pedem para que as instituições americanas cortem laços com Israel e com empresas que, de acordo com eles, viabilizam a guerra.
O Metrópoles conversou com Daniel Calarco, estudante brasileiro na Universidade de Columbia e presidente do Observatório Internacional da Juventude (OIJ), que deu detalhes sobre os protestos.
“Nas últimas semanas, a Universidade Columbia tornou-se palco de crescentes conflitos. Alguns estudantes denunciam violações humanitárias atribuídas ao governo de Israel e demandam ações drásticas da universidade, como o término de parcerias com instituições israelenses e a suspensão de projetos, como a criação de um centro global em Tel Aviv. Por outro lado, a administração da universidade enfrenta dificuldades para gerenciar as tensões e buscar consenso”, aponta Daniel.
As manifestações espalham-se por várias faculdades americanas, entre elas: Universidade de Columbia, epicentro dos protestos; Universidade de Yale; Universidade de Nova York (NYU, sigla em inglês); Universidade de Boston; e Universidade do Sul da Califórnia. Além das prisões, estudantes enfrentam suspensões e expulsões.
De acordo com o estudante brasileiro, medidas estão sendo tomadas com os alunos envolvidos nos protestos. “Recentemente, a presidente da universidade convocou forças policiais de Nova York, resultando na prisão de mais de 100 estudantes no campus. Cenas assim, impensáveis na que é considerada uma das maiores universidades do mundo, evidenciam uma gestão de crise ineficaz”, explica.
“Estudantes estão sendo expulsos de seus dormitórios, e o Congresso Nacional exigiu que a reitoria se apresentasse em Washington para esclarecimentos sobre uma crise cuja má administração repercutiu pelos Estados Unidos e pelo mundo”, detalha Daniel.
De acordo com informações do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, 34.488 pessoas morreram desde o início da guerra com Israel. Ainda conforme comunicado, 77.643 pessoas foram feridas no conflito. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29/4).