Brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner diz que não se arrepende
Fernando Sabag Montiel apontou uma arma para a cabeça da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em setembro do ano passado
atualizado
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O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, preso após tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em setembro do ano passado, afirmou, nessa segunda-feira (13/3) que não se arrepende do crime e agiu sozinho. O suspeito falou pela primeira vez à imprensa desde que foi preso.
Fernando portava uma pistola calibre 32 carregada com cinco balas e apontou a arma para o rosto de Kirchner, que cumprimentava apoiadores que realizavam uma manifestação em favor da vice-presidente, no bairro de Recoleta, em Buenos Aires.
A tentativa de assassinato aconteceu em 1º de setembro do ano passado oito dia após o Ministério Público da Argente ter pedido a condenação por corrupção de Cristina Kirchner. Os manifestantes aguardavam a chegada da vice-presidente em frente a sua residência.
“Em vez de tirar a trava, imagina o nervosismo de estar em um lugar e de puxar o ferrolho, puxei o trinco para trás e quando apertei o gatilho não saiu porque no meio de tanto tumulto, eu estava nervoso”, contou Fernando Sabg à imprensa em comunicado exibido pela rede argentina C5N.
Ao ser questionado se sente arrependido pela tentativa de assassinato, o brasilero respondeu que “não”. Entretanto, reforçou que tentou cometer o crime “por causa da situação do país”.
Fernando Sabag Montiel afirmou que agiu sozinho e descartou a participação da sua namorada Brenda Uliarte, de 23 anos, no crime. “Fiz sozinho, entendeu? Eles estão inventando uma história. Eu agi sozinho. Em relação ao ataque, sim, e tenho as provas aqui, de que Brenda Uliarte não tem nada a ver com isso.”
Investigação
A Justiça da Argentina considerou que a tentativa de homicídio foi planejada por Fernando Sabag Montiel, mas o caso segue sendo investigado antes de ser levado a julgamento. O procurador responsável pelo processo, Carlos Rívolo, solicitou novas perícias no celular do brasileiro, cujo o conteúdo teria sido apagado durante as primeiras operações realizadas pela polícia.
O amigo do casal Nicolás Carrizo, de 27 anos, também está preso, suspeito de participar no caso e é apontado como líder da chamada “banda de los copitos”, vendedores ambulantes de algodão-doce que Fernando e Brenda afirmaram fazer parte.