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Itamaraty sabe desde agosto sobre caso de brasileiro preso na Ucrânia

Autoridade da Ucrânia informou que brasileiro chegou à guerra por meio de uma falsa promessa de emprego em uma empresa da Rússia

atualizado

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Mísseis da Rússia atingem hospital infantil em Kiev, na Ucrânia
1 de 1 Mísseis da Rússia atingem hospital infantil em Kiev, na Ucrânia - Foto: Oleksandr Gusev/Global Images Ukraine via Getty Images

Desde agosto, o governo brasileiro tem conhecimento do caso envolvendo um brasileiro que se tornou prisioneiro de guerra na Ucrânia. O caso foi revelado pelo Metrópoles nesta terça-feira (10/9).

Fontes ligadas ao assunto afirmaram à reportagem que a Embaixada do Brasil em Moscou acompanha o caso desde o último mês, quando familiares do brasileiro procuraram a representação diplomática para informar que o homem teria sido alistado à força no exército da Rússia.

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A informação foi revelada ao Metrópoles por Petro Yatsenko
O militar atua como representante da Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia
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Brasileiro é mantido prisioneiro de guerra pela Ucrânia desde agosto

Samuel Pancher/Metrópoles
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O militar atua como representante da Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia

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Segundo o representante da Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia, Petro Yatsenko, o brasileiro alegou ter chegado na guerra após uma falsa promessa de emprego em uma empresa russa.

Ao chegar na Rússia, no entanto, o homem foi inscrito no exército liderado por Vladimir Putin sem consentimento e, posteriormente, enviado para o front de batalha.

A versão da autoridade ucraniana foi confirmada por fontes diplomáticas brasileiras.

Pessoas ligadas ao caso revelaram, ainda, que autoridades da Ucrânia não comunicaram a prisão do brasileiro para a embaixada do Brasil em Kiev.

O Ministério das Relações Exteriores, no entanto, ainda não respondeu os questionamentos do Metrópoles ou se pronunciou oficialmente sobre o assunto. O espaço segue aberto.

Relação Brasília x Kiev

A revelação do brasileiro feito prisioneiro de guerra pela Ucrânia acontece em um momento em que a relação entre Brasília e Kiev sofre ruídos.

Nessa segunda-feira (9/9), o governo da Ucrânia afirmou que mantém aberto o canal diplomático para um possível encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Volodymyr Zelensky.

De acordo com o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andrii Yermak, a reunião deveria acontecer na Ucrânia para que o presidente brasileiro tenha a chance de “ver o que acontece” no país e “ouvir as sirenes”. Segundo a autoridade ucraniana, tal experiência poderia mudar o posicionamento de Lula sobre o conflito.

Desde que Lula assumiu seu terceiro mandato presidencial, o Brasil tem adotado uma postura de neutralidade em relação à guerra. A Ucrânia, por sua vez, cobra um papel mais efetivo e apoio do petista na tentativa de resolver o conflito, que se estende por mais de dois anos. 

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