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Lula: refém brasileiro em Gaza pode ser liberado nos próximos dias

O presidente ainda agradeceu o Catar pelo “papel importante” para a libertação dos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza

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Arquivo pessoal cedido ao Metrópoles
O brasileiro Imagem colorida do brasileiro Michel Nisenbaum, desaparecido em Israel - Metrópoles
1 de 1 O brasileiro Imagem colorida do brasileiro Michel Nisenbaum, desaparecido em Israel - Metrópoles - Foto: Arquivo pessoal cedido ao Metrópoles

Dubai e Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta quinta-feira (30/11), que o único refém brasileiro detido na Faixa de Gaza pelo grupo extremista Hamas, desde 7 de outubro — início das ofensivas contra Israel —, ainda “pode ser liberado estes dias”.

Em conversa com jornalistas, o mandatário agradeceu o governo do Catar nas negociações relacionadas à soltura de brasileiros. Lula disse que o país do Oriente Médio “teve papel importante” para a libertação dos brasileiros que estavam em Gaza.

Até agora, o governo federal repatriou um grupo de 32 brasileiros e seus familiares presos no território palestino.

O titular do Palácio do Planalto também afirmou, na quarta (29/11), que segue tentando repatriar os cidadãos que estão em Israel e desejam deixar o território em guerra.

“Nós ainda temos brasileiros em Israel. Quero ver se consigo trazer todo e qualquer brasileiro que queira voltar para o Brasil”, declarou o petista, após encontro com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

O presidente está na região para representar o Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

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Presidente Lula em mesa-redonda sobre relação entre Brasil e Arábia Saudita, em Riade
Lula e Mohammed bin Abdulrahman bin Abdulaziz, vice-governador de Riade, no Royal Terminal do aeroporto internacional Rei Khalid
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Lula e Mohammed bin Salman

Ricardo Stuckert/PR
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Presidente Lula em mesa-redonda sobre relação entre Brasil e Arábia Saudita, em Riade

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Embaixada promete ajudar na libertação em Gaza

Em nota enviada ao Metrópoles, a Embaixada do Brasil em Israel informou que o chanceler Frederico Meyer encontrou-se com a irmã do único brasileiro refém em Gaza, que, segundo autoridades israelenses, foi sequestrado pelo Hamas no trajeto que fazia para buscar a neta.

Durante a conversa, Meyer garantiu à irmã da vítima que o governo federal está “fazendo tudo ao seu alcance para ajudar na libertação do brasileiro e dos demais reféns”.

Confira a cronologia do sumiço do brasileiro

Manhã de 7 de outubro, em Israel:

  • 6h57: o brasileiro ligou para uma das filhas e contou que estava indo buscar a neta. A criança estava na base militar com o pai. A região fica próxima ao kibutz em que ocorreram as primeiras ofensivas do Hamas.
  • 7h06: a filha telefonou para saber se o pai já havia chegado à base militar, mas ele não atendeu às ligações.
  • 7h23: uma pessoa não identificada atendeu um dos telefonemas de familiares e respondeu com as seguintes palavras: “Hamas”.
  • A partir das 7h30: o telefone dele foi desligado e não recebeu mais ligações.

Quem é o brasileiro sequestrado pelo Hamas?

No fim de outubro, o Metrópoles conseguiu conversar com Mary Shohat, de 66 anos, irmã do brasileiro dado como desaparecido em Gaza. Ela informou que havia uma possibilidade de ele estar entre os sequestrados pelo Hamas, mas, à época, essa hipótese não era tratada como uma certeza pelo Itamaraty.

A vítima é supostamente Michel Nisenbaum, de 59, que tem dupla cidadania (israelense e brasileira). Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, ele mora em Israel há 45 anos, onde trabalha como técnico em informática.

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Segundo familiares, Michel é "querido por todos"
O brasileiro está desaparecido desde 7 de outubro
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Michel ao lado da irmã

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Segundo familiares, Michel é "querido por todos"

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O brasileiro está desaparecido desde 7 de outubro

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Os dois irmãos cariocas imigraram para Israel no início da década de 1980 e viveram muitos anos em kibutz nos arredores de Gaza, ainda segundo nota da embaixada.

Michel é diabético e sofre de Crohn — síndrome inflamatória que afeta certas porções do intestino delgado e o cólon. Se a doença não for tratada, pode trazer riscos à vida do paciente. No momento, a saúde dele é a maior preocupação dos familiares.

* A repórter Ana Flávia Castro viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade

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