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Brasileira estuprada por 7 homens na Índia: “Achei que morreríamos”

Fernanda acampava com o marido quando foram atacados por sete homens que a agrediram e estupraram. Polícia indiana investiga

atualizado

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Foto colorida de casal que tem mulher que foi estuprada coletivamente na Inidia - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de casal que tem mulher que foi estuprada coletivamente na Inidia - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Instagram

A brasileira vítima de estupro coletivo na Índia usou suas redes sociais para relatar o terror que viveu e mostrar as marcas da agressão em seu rosto. Ela e o marido, que é espanhol, realizam viagens de motocicleta pelo mundo e compartilham a experiência na web. Eles têm cerca de 170 mil seguidores no Instagram.

Na última sexta-feira (1º/ 3), o casal acampava no distrito de Dumka quando foi atacado por sete homens que espancaram os dois e estupraram a mulher após ela ser arrastada para um local isolado.

“Minha cara está assim, mas não é o que mais dói. Pensei que íamos morrer. Graças a Deus, estamos vivos”, escreveu Fernanda em um vídeo que publicou nas redes sociais, mostrando o rosto machucado.

O marido da vítima, Vicente, disse que os bandidos colocaram uma faca em seu pescoço. “Fomos atacados, golpeados, colocaram uma faca no meu pescoço e violaram a Fernanda. Sete caras, filhos da puta”, afirmou em uma gravação.

Veja o vídeo:

Espancamento e estupro

Fernanda e Vicente publicam suas viagens em páginas nas redes sociais. Em mais de cinco anos, eles já visitaram mais de 66 países e andaram mais de 170 mil quilômetros.

“Aconteceu-nos algo que não desejaríamos a ninguém, sete homens violaram-me, espancaram-nos e roubaram-nos, embora não muitas coisas, porque o que queriam era violar-me. Estamos no hospital com a polícia, aconteceu esta noite aqui na Índia”, escreveu Fernanda.

Em outra gravação, Vicente mostrou sua boca bastante machucada e disse que o caso de Fernanda era pior. Ele disse que foi golpeado com um capacete e pedra.

O jornal Times Of India informou que a polícia indiana prendeu pelo menos três suspeitos e que foi aberta uma equipe especial de investigação.

Em 2022, a Índia registrou uma média de 90 estupros diários, segundo informações do escritório nacional de registros criminais. Muitos dos casos, porém, não são denunciados pelas vítimas devido ao estigma que muitas delas sofrem e à falta de confiança na polícia.

Em 2012, o caso de uma estudante que foi vítima de um estupro coletivo e depois assassinada teve repercussão mundial.

A estudante de psicoterapia de 23 anos Jyoti Singh foi estuprada e abandonada, dada como morta, por cinco homens e um adolescente em um ônibus em Nova Délhi, em dezembro daquele ano.

O caso trouxe à tona os altos níveis de violência sexual na Índia e levou a semanas de protestos e a uma mudança na legislação para punir o crime de estupro com a pena de morte.

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