Brasileira relata tensão em atentado de NY: “Ouvi rajadas de tiros”
“No colégio das minhas filhas, o FBI e a Swat entraram, pois havia suspeita de bombas na área”, conta
atualizado
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Antes de se mudar para Nova York, em setembro deste ano, a brasileira Patrícia Vodovoz se preocupou com a possibilidade de um atentado na região em que mora, próximo ao World Trade Center, mas não esperava que fosse acontecer tão cedo. Quando foi buscar as duas filhas, de 10 e 6 anos, na escola, localizada perto do local do ataque desta terça-feira (31/10), viveu momentos de tensão.
“Morava no Rio de Janeiro e me mudei para Nova York. Fui buscar as minhas filhas hoje, às 15h. Quando entrei na escola, houve uma batida de carro. Algumas pessoas se apavoraram no pátio, mas pensei: ‘Isso não é nada. Essa gente é histérica, acha que tudo é terrorismo’. No entanto, momentos depois, começaram a gritar: ‘Voltem, voltem, entrem no colégio’. Nisso, ouvi rajadas de tiros e senti um cheiro forte de queimado. Achei que poderia ser uma bomba”, contou ao Metrópoles.
Logo depois, todos foram obrigados a permanecer dentro da escola. “Ficamos trancados por duas horas e meia até que a polícia liberasse. No colégio, o FBI e a Swat entraram, pois havia suspeita de bombas na área”, explicou. Enquanto ficava por lá, a instituição ofereceu suporte e comida.Segundo Patrícia, algumas crianças norte-americanas choravam bastante com a situação. “Minhas filhas, não. Elas tiraram de letra tudo isso. Infelizmente, parece que nos acostumamos com a violência”, afirmou.
Apesar de a polícia ter capturado o suspeito, o clima ainda é de preocupação. “Estamos desconfortáveis para sair na rua. Todos têm medo. Algumas pessoas estão fantasiadas, mas a área perto do local do atentando está bloqueada”, contou. Mesmo com o ocorrido, a prefeitura de Nova York decidiu manter o desfile de Halloween.