Brasileira que deu à luz durante guerra recebe aval para sair de Gaza
A Embaixada do Brasil na Palestina informou que a mulher brasileira e seus filhos deixarão Gaza nesta quinta (8/2) pela passagem de Rafah
atualizado
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A Embaixada do Brasil na Palestina confirmou, nesta quarta-feira (7/2), que a brasileira que tentava deixar a Faixa de Gaza, desde o estopim da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, conseguiu autorização para sair do território rumo ao país com os três filhos.
A mulher, de identidade não revelada, deu à luz na noite de Natal. Ela, o bebê e outras crianças, de 2 e 4 anos, vão viajar ao Brasil neste fim de semana. A informação foi divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Palácio do Planalto.
Conforme o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, a mulher deixará Gaza nesta quinta-feira (8/2) pela passagem de Rafah, que faz fronteira com o Egito.
“Eles já estavam em listas anteriores, mas a mãe não pôde viajar porque estava em estágio avançado da gravidez. Agora, o recém-nascido foi adicionado”, disse Candeas.
Além da mulher e seus filhos, está prevista a saída de um grupo de estrangeiros autorizados a deixar o território palestino. Esses nomes são analisados e autorizados pelos governos de Israel e do Egito.
Com os quatro novos repatriados, a Operação Voltando em Paz, do governo federal, chegará a 1.559 repatriações, entre brasileiros e parentes que estavam em Israel, em Gaza e na região da Cisjordânia. Os voos também trouxeram 53 animais domésticos.
Parto de brasileira em Gaza
A família tem dupla nacionalidade brasileira e palestina. A mulher ficou sozinha no território porque o marido viajava a trabalho quando esse conflito humanitário estourou no Oriente Médio.
Segundo informações, o parto dela ocorreu na noite de Natal, um dia após o terceiro grupo de brasileiros repatriados chegar ao Brasil. Ela não conseguiu viajar devido ao estágio avançado da gravidez.
De acordo com o governo, os quatro estavam alojados em Rafah em uma casa alugada pela representação brasileira em Ramala, com recursos para alimentos, água e remédios, recebendo toda a assistência até receberem o aval para cruzar a fronteira.