Brasil demonstra preocupação por abusos e escravidão sexual no Haiti
O vice-presidente do país, Hamilton Mourão, manifestou receio com situação de mulheres e meninas na ilha caribenha
atualizado
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O Brasil, atual ocupante da presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, manifestou “preocupação” com a situação de mulheres e meninas no Haiti, nesta quinta-feira (21/7). As vítimas de abusos e escravidão sexual são forçadas a fugir do país após serem oprimidas e violentadas pelas gangues que operam na ilha caribenha.
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, em visita oficial de dois dias a Nova York, presidiu uma reunião a portas fechadas sobre a situação da paz e segurança com foco na violência contra as mulheres no Haiti.
Em declaração, Mourão reforçou a preocupação com o controle de gangues em áreas próximas da capital haitiana, Porto Príncipe.
“Eu acho que a comunidade internacional tem que entender que tem que haver um apoio maior àquele país. Não é uma quantidade tão grande assim de recursos financeiros que seria necessária para que o povo haitiano consiga ter dignidade”, afirmou Mourão em entrevista a ONU News.
À frente do Conselho, o vice-presidente disse apoiar a ação internacional abrangente para ajudar autoridades do Haiti nos esforços para fortalecer a legislação e mecanismos de resposta da polícia.
Haitianos forçados a fugir de suas casas
De acordo com a ONU, atualmente, mais de 20 mil pessoas fugiram de suas casas na ilha caribenha por conta dos altos níveis de violência no país.
O Haiti é o país mais pobre das Américas e vive em situação de insegurança crescente que está sendo agravada pela violência das gangues na capital e em outras cidades do país.