Brasil critica Venezuela por impedir inscrição de opositora em eleição
Em nota, Itamaraty afirmou que “o impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”
atualizado
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O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, criticou, nesta terça-feira (26/3), o governo da Venezuela por impedir a inscrição de Corina Yoris, candidata da oposição ao governo de Nicolás Maduro, nas eleições presidenciais venezuelanas. O Brasil diz acompanhar o processo eleitoral “com expectativa e preocupação”.
Em nota, o Itamaraty informou que a decisão de barrar a candidatura da indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, “não é compatível com os acordos de Barbados”. “O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, acrescentou.
“O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção, que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, reforçou o Itamaraty em nota.
Além disso, o ministério ressalta que, apesar do caso de Yoris, 11 candidatos ligados a correntes de oposição conseguiram se registrar. Entre eles o atual governador de Zulia, Manuel Rosales, também integrante da Plataforma Unitaria.
O Itamaraty informou que vai cooperar, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, para as eleições de 28 de julho.
Mais cedo, Corina Yoris denunciou que não conseguiu registrar a candidatura no site do Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pelas eleições na Venezuela. O prazo para formalizar as inscrições terminou às 23h59 dessa segunda (25/3).
“Tentamos ir pessoalmente ao Conselho Nacional Eleitoral para entregar uma carta solicitando uma prorrogação e nem mesmo fisicamente pudemos fazê-lo”, lamentou Yoris.