Boris Johnson vence moção de desconfiança e continua no cargo
O primeiro-ministro britânico enfrentou voto de desconfiança no Parlamento, nesta segunda (6/6), por causa do escândalo Partygate
atualizado
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Com apoio de 211 parlamentares, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se mantém no cargo após moção de desconfiança ser votada pelo Parlamento nesta segunda-feira (6/6). Dos 359 parlamentares, 148 votaram pela destituição de Johnson.
Foram duas horas de votação. O primeiro-ministro precisava do apoio de ao menos 180 parlamentares conservadores ( 50% mais um) para continuar no cargo por mais um ano.
A contestação que balançou e quase derrubou Johnson aconteceu devido ao escândalo conhecido como Partygate, que revelou festas realizadas pelo político durante o lockdown na pandemia de Covid-19.
Se tivesse perdido, Johnson cairia do cargo e não poderia disputar novamente a liderança do Partido Conservador.
Partygate
Conforme as alegações, os eventos ocorreram durante meses em gabinetes do governo e no jardim da residência oficial do primeiro-ministro em pleno isolamento. Relatório divulgado em maio citou o envolvimento de Johnson com ao menos 12 festas.
O documento de mais de 60 páginas foi organizado pela funcionária pública responsável por investigar violações de regras sanitárias do governo, Sue Gray. Uma das comemorações teria ocorrido em data próxima à do funeral do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II.
O texto ainda aponta consumo excessivo de álcool nas confraternizações — segundo relatório, quantidade que “não é apropriada em um ambiente profissional em momento algum”.
A partir disso, a permanência de Johnson como primeiro-ministro passou a ser questionada pela população e pelo Partido Conservador: 15% dos parlamentares (54 dos 359) assinaram a moção de desconfiança para que a votação desta segunda fosse realizada.
Johnson se desculpou várias vezes diante do Parlamento “pelas coisas em que não acertamos e pelo modo como o assunto tem sido lidado”. Após a revelação do escândalo, ao menos cinco assessores do primeiro-ministro renunciaram.
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