EUA, Chile e Peru questionam vitória de Maduro na Venezuela
O órgão eleitoral venezuelano anunciou que o presidente Maduro foi reeleito na madrugada desta segunda-feira (29/7)
atualizado
Compartilhar notícia
A comunidade internacional começou a se manifestar sobre o resultado da eleição na Venezuela. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, Nicolás Maduro foi reeleito, nesta segunda-feira (29/7).
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o país tem “sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano”.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, escreveu em uma rede social que Maduro deve entender que os resultados divulgados pelo governo são difíceis de acreditar.
“A comunidade internacional, o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos exilados, exigimos a total transparência das atas e do processo”, disse. Ele exigiu uma prestação de contas dos resultados e afirmou que o Chile não reconhece o resultado que não seja verificável.
O presidente do Peru, Javier Gonzalez-Olaecha, também se posicionou contra o resultado e diz que não aceitará “a violação da vontade popular do povo venezuelano” . “Condeno em todas as extremidades a soma de irregularidades com a intenção de fraude cometida pelo governo venezuelano”, escreveu.
Um representante do CNE informou por volta das 1h20 do horário de Brasília que 80% das urnas tinham sido apuradas, mas que esse resultado parcial era irreversível, dando vitória a Maduro. A participação do eleitorado foi de 59%.
Comunidade interncional
Após o fechamento das zonas eleitorais, parte da comunidade internacional já havia se mostrado preocupada com a possibilidade de fraude eleitoral na Venezuela.
Diversos líderes da América do Sul e Latina se manifestaram sobre a votação no domingo (28), e pediram respeito ao processo democrático no país, que pode tirar o chavismo do poder após mais de duas décadas.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que o resultado das eleições venezuelanas devem refletir “plenamente a vontade popular expressas nas urnas”, e afirmou em uma publicação no X, antigo Twitter, que a comunidade internacional “não aceitaria outra coisa”.
Já o governo da Colômbia, liderado por Gustavo Petro, disse em nota esperar que “a contagem dos votos deve ser feita com todas as garantias para todos os setores”.
Com um tom mais agressivo, o presidente da Argentina, Javier Milei, chamou Maduro de “ditador” e sem provas afirmou que “os dados anunciam uma vitória esmagadora da oposição” e pediu que o atual presidente da Venezuela aceite o resultado.
“A Argentina não vai reconhecer mais uma fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular”, escreveu Milei em uma publicação no X, antigo Twitter.