Bombardeio em Gaza deixa 76 pessoas da mesma família mortas
O bombardeio atingiu um prédio em Gaza é considerado um dos mais mortais desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
atualizado
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Um bombardeio na cidade de Gaza deixou 76 pessoas da mesma família mortas nessa sexta-feira (22/12). As informações foram confirmadas por Achim Steiner, chefe do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (ONU).
O bombardeio atingiu um prédio e é considerado um dos mais mortais desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
A maior parte dos mortos era da família al-Mughrabi. De acordo com o porta-voz da ONU, uma das vítimas é Issam al-Mughrabi, funcionário do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas. Ele tinha 56 anos.
Além disso, a esposa de Issam, Lamya, de 56 anos, e seus cinco filhos morreram. Eles tinham entre 13 e 32 anos de idade.
“Por quase 30 anos, Issam trabalhou com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas pelo Programa de Assistência aos Palestinos (PAAP). Ele será lembrado como um amado membro do time do PAAP”, divulgou Steiner em comunicado.
O porta-voz também ressaltou a importância do fim do conflito. “Essa guerra precisa acabar. Famílias não devem mais enfrentar a dor e o sofrimento que a família de Issam e outros inúmeros estão vivendo”, consta no comunicado.
Resolução da ONU
A ofensiva israelense continua neste sábado (23/12) na Faixa de Gaza, mesmo depois da adoção de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, na véspera, exigindo a “criação de condições para uma pausa durável nas hostilidades” e o aumento de ajuda humanitária para o território.
Segundo o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, 93% dos moradores do enclave palestino estão em situação de insegurança alimentar.
O Ministério da Saúde palestino, controlado pelo grupo Hamas, anunciou que um bombardeio israelense contra o campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, deixou ao menos 18 mortos na última noite. Outros ataques e operações visam neste sábado cidades de todo o enclave, de norte a sul.