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Boeing está “reconhecendo erro” após porta cair de avião, diz CEO

Frase foi dita durante reunião com funcionários da Boeing na terça-feira (9/1), depois de acidente nos EUA com avião feito pela empresa

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Imagem colorida da ausência de porta do Alaska Airlines Boeing - Metrópoles
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A explosão da porta de um avião da Alaska Airlines, em pleno voo, atingiu uma gigante na fabricação de aeronaves. Em reunião com funcionários na terça-feira (9/1), Dave Calhoun, presidente e CEO da Boeing, afirmou que a empresa está “reconhecendo o erro”.

O plugue da porta de um 737 Max 9 estourou no ar durante um voo nos EUA, na sexta-feira (5/1), minutos depois da decolagem em Portland, no estado do Oregon. Duas cadeiras vazias, além de outros objetos, foram expelidos. A porta caiu no quintal de um professor. Ninguém se machucou.

“Vamos abordar este número um, reconhecendo nosso erro. Vamos abordar isso com 100% e total transparência em cada etapa do processo. Vamos trabalhar com o NTSB, que está investigando o próprio acidente, para descobrir qual é a causa”, afirmou Calhoun na reunião, em frase confirmada por um porta-voz da empresa à CBS News.

Veja o avião sem porta durante o voo:

Calhoun se refere ao Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), órgão equivalente à Anac nos EUA.

O executivo afirmou que a capacidade da Alaska Airlines de impedir que outro avião Max 9 decolasse depois da queda da porta “evitou, potencialmente, outro acidente”. E disse ter ficado impressionado quando recebeu a foto do caso.

“Eu tenho filhos, tenho netos, e vocês também. Essas coisas são importantes. Cada detalhe é importante”, teria dito aos funcionários da Boeing, além de agradecer aos tripulantes do voo. “Eles treinam suas vidas para fazer isso, mas você não sabe até saber”, completou.

A fala faz coro à declaração de Jennifer Homendy, presidente da NTSB, de que foi “muita sorte” ninguém estar sentado nos dois assentos adjacentes à porta.

Boeing havia acabado de entregar avião

O avião usado pela Alaska Airlines tinha sido entregue pela fábrica em 31 de outubro. Desde esta data até o dia 5 de janeiro, pilotos da mesma aeronave receberam três avisos de pressurização.

Tanto a United Airlines quanto a Alaska Airlines cancelaram centenas de voos. As empresas revelaram que a análise dos equipamentos mostrou “ferragens soltas” e “parafusos que precisavam de aperto adicional”.

A Boeing perdeu US$ 12,1 bilhões (cerca de R$ 59 bilhões, na cotação atual) em valor de mercado em um único dia. Na segunda-feira (8/1), as ações da gigante da aviação tombaram 8,03% na Bolsa de Valores de Nova York, em mais um duro golpe para a companhia, que vem sofrendo com maus resultados pelo menos desde 2019.

 

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