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Biohacking: entenda como funciona o implante de chips no corpo humano

Técnica de modificações corporais, conhecida como biohacking, traz possibilidade de aprimorar capacidades humanas e facilitar atividades

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1 de 1 Imagem colorida de Chip em cérebro humano - Foto: Reprodução

O bilionário Elon Musk anunciou nesta terça-feira (30/1) o primeiro implante de chip cerebral feito em um paciente humano pela sua empresa especializada na tecnologia, a Neuralink. O procedimento faz parte da técnica chamada biohacking, que consiste em promover modificações no próprio corpo com o objetivo de aprimorar as capacidades humanas.

No caso do procedimento realizado pela Neuralink, o chip seria usado para ajudar pessoas com paralisias a se locomoverem. Mas há ainda diversas outras intervenções potenciais, que auxiliam desde funções básicas do corpo humano até a realização das atividades do dia-a-dia, como fazer pagamentos e abrir portas.

A técnica de implantes corporais é polêmica e ainda não possui regulamentação no Brasil. No entanto, alguns países já permitem a prática.

A empresa Walletmor, que opera em países da União Europeia, oferece um implante de chips que permite fazer pagamentos por aproximação. Segundo a companhia, o sistema dispõe da tecnologia NFC, a mesma usada em cartões de crédito e celulares. Assim como em meios de pagamentos tradicionais, basta aproximar o implante da máquina do cartão e a transação é feita automaticamente.

O implante custa € 249 (equivalente a R$ 1.340) e necessita de baterias ou outras fontes de energia. Segundo a empresa, os materiais usados são compatíveis com as normas da FDA [Food and Drug Administration], agência americana que faz o controle de serviços de saúde.

Já o chip cerebral de Musk, projeto apelidado de “Telepathy” (Telepatia) busca permitir que humanos controlem eletrônicos, como computadores e celulares, apenas com o pensamento. Os resultados iniciais mostram detecção promissora de picos de neurônios.

“Os primeiros usuários serão aqueles que perderam o uso dos membros. Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um digitador rápido. Esse é o objetivo”, afirmou o empresário.

Em novembro passado, cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, anunciaram a criação um implante cerebral que lê os pensamentos do paciente sem que a pessoa tenha que falar.

O chip do tamanho de um selo de carta contém 256 sensores microscópicos capazes de interpretar a atividade neural e entender o que o cérebro quer dizer antes mesmo de o som ser emitido (ainda que, até chegar ao computador, ele demore mais do que a fala humana).

Para os pesquisadores, os resultados são modestos mas inspiradores e apontam para um horizonte em que a tecnologia permitirá a leitura dos pensamentos para ajudar na saúde. Segundo eles, o implante poderá um dia ajudar as pessoas incapazes de falar a recuperar a capacidade de comunicação.

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