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Biden ressalta que EUA não têm “nada a ver” com motim do grupo Wagner

Em conversa com jornalistas, Joe Biden disse que se reuniu com “aliados-chave” por videoconferência para discutir uma resposta

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O presidente dos Estados Unidos (EUA) Joe Biden se pronunciou, nesta segunda-feira (26/6), sobre a rebelião do grupo Wagner, formado por mercenários, na Rússia. Ele ressaltou que os EUA e seus aliados do Ocidente e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) “não têm nada a ver” com a situação.

“Convoquei nossos aliados-chave a uma chamada por Zoom. Eles concordaram que nós temos que ter certeza de não dar a Putin nenhuma desculpa para responsabilizar o Ocidente e a Otan por isso. Deixamos claro que não estávamos envolvidos, não tivemos nada a ver, era um problema dentro do sistema russo”, explicou Biden em conversa com jornalistas na Casa Branca.

No último fim de semana, os integrantes do grupo Wagner, chefiados por Yevgeny Prigojin, realizaram um motim na cidade de Rostov, centro militar de onde são coordenados os ataques à Ucrânia. Os mercenários seguiam em direção à Moscou, mas interromperam o percurso e partiram em retirada para a Bielorrússia.

A mudança de planos foi feita após acordo com o presidente da Bielorrúsia, Aleksandr Lukashenko. O recuo aconteceu após anúncio do governo russo que perdoaria Yevgeny Prigozhin, líder do grupo militar, e seus subordinados.

Em vídeo divulgado nesta segunda, Prigojin afirmou que o objetivo não era a derrubada do presidente russo, Vladimir Putin. O líder definiu a marcha como apenas um protesto para “não permitir a destruição do grupo Wagner”.

Prigojin garantiu que em momento algum houve o intuito de “derrubar o país” e que o protesto era contra uma medida do Ministério da Defesa. A pasta suspostamente queria forçar os mercenários do Wagner a assinar contratos com o governo. Essa medida, conforme ele, interromperia as atividades do grupo a partir de 1º de julho.

Putin, por sua vez, rebateu e disse que o motim armado do grupo Wagner seria “destruído” mesmo sem o acordo para pôr fim à hostilidade. “Nenhuma chantagem vai ter resultados. Toda a sociedade russa, todos estávamos unidos pela responsabilidade, pelo destino da nossa terra mãe. Desde o começo houve esforços para neutralizar a ameaça do motim armado”, afirmou no primeiro pronunciamento após a rebelião.

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