Biden proíbe EUA de comprar vodka, caviar e diamantes da Rússia
Ao anunciar sanções contra o país de Putin, presidente americano alertou: “Vai sofrer muito mais”. Rússia já boicotou 200 produtos
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decretou novas sanções econômicas contra a Rússia. Agora, os norte-americanos não poderão comprar bebidas (como vodka), pescados (como o caviar) e pedras preciosas (como diamantes) russos.
Nesta sexta-feira (11/3), em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, Biden adiantou que novas penalidades são estudadas. Os ucranianos vivem o 16º dia de invasão e bombardeios.
“A situação da economia russa piora a cada dia. A Bolsa de Valores vai colapsar quando abrir”, frisou Biden.
Os americanos já haviam proibido a compra de petróleo russo, o que desestabilizou o mercado internacional e foi considerada a sanção mais dura até da história.
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira a proibição de exportações de bens de luxo para a Rússia e para Belarus, em resposta à invasão da Ucrânia.
A medida faz parte de uma série de novas sanções anunciadas pelo presidente Joe Biden – dentre elas, o fim do comércio normal com a Rússia.
A nova rodada de boicote aos produtos russos ocorre um dia após a Rússia proibir a exportação de uma série de produtos feitos no território comandado por Vladimir Putin.
O contragolpe foi um recado geopolítico. Os russos também vão boicotar o comércio internacional, caso o Ocidente continue a penalizar a economia do país com sanções cada vez mais duras.
Putin proibiu a venda de 200 produtos até 2023. Além disso, suspendeu temporariamente as relações com quatro países da União Econômica da Eurásia (UEE).
Putin manda governo sabotar sanções e proíbe a venda de 200 produtos.
Drones, aviões, açúcar, trigo, centeio, cevada, milho, equipamentos tecnológicos, equipamentos de telecomunicações, veículos, máquinas agrícolas, equipamentos elétricos, locomotivas, contêineres, turbinas de aeronaves, máquinas para corte de metais e pedras, displays de vídeo, entre outros produtos russos deixarão de ser vendidos.
Até 31 de agosto deste ano, Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão ficarão sem o fornecimento de alimentos exportados pela Rússia. O Kremlin, sede do governo, explica que a medida serve para garantir o mercado doméstico.
Na quinta-feira (10/3), ele reuniu integrantes da cúpula do governo das áreas de economia, defesa e comércio exterior. “As sanções contra a Rússia não são legítimas. O Ocidente tenta culpar a Rússia por seus próprios erros”, reclamou, ao abrir o encontro.
A Rússia tem sofrido embargos sucessivos, cada um mais abrangente do que o outro, após ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro. O mais duro deles foi o boicote dos Estados Unidos ao petróleo russo.
Lá, as empresas não podem negociar o produto por tempo indeterminado. O mundo reagiu em cadeia. No Brasil, a Petrobras anunciou o reajuste da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.
Reino Unido, França, Alemanha, Austrália, Japão, Canadá, Itália e uma série de outros países anunciaram sanções contra produtos, serviços, autoridades e empresários russos. Ao menos 300 multinacionais já deixaram a Rússia.
Putin assiste à inflação subir, ao rublo se desvalorizar e ao mercado interno amargar prejuízos com a disparada dos preços de pão, açúcar e gasolina.
A Rússia se tornou o país do mundo sobre o qual mais pesam sanções econômicas, que podem ser impostas a pessoas, empresas, autoridades ou ao governo em si. O país foi alvo de 2,7 mil punições.
A Rússia no mundo
A Rússia possui recursos naturais de forte potencial para seu desenvolvimento econômico. O país tem a maior reserva de gás natural do mundo e umas das maiores reservas de carvão e de petróleo.
Além disso, a economia do Estado é caracterizada por ter fortes setores militar, industrial e científico. O país de Putin é um dos maiores vendedores de armas militares.
A nação russa tem enormes capacidades científicas, é uma das primeiras potências espaciais e faz parte do clube nuclear mundial.