Biden prevê invasão russa à Ucrânia e alerta Putin: “Será um desastre”
Presidente norte-americano avalia que não há volta após Rússia mandar 100 mil soldados para a fronteira, e ameaça com sanções severas
atualizado
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O presidente norte-americano, Joe Biden, disse nesta quarta-feira (19/1), em uma conferência de imprensa na Casa Branca, que o presidente russo, Vladimir Putin, deverá ordenar uma ação militar contra a vizinha Ucrânia. O governo russo tem escalado a tensão com os vizinhos nas últimas semanas e já deslocou cerca de 100 mil militares para a fronteira entre os dois países.
Para Biden, o iminente conflito militar é fruto de uma espécie de crise existencial de Putin, que estaria “tentando encontrar seu [da Rússia] lugar no mundo entre, a China e o Ocidente” e gostaria de desafiar as potências internacionais e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O presidente dos EUA alertou, porém, que o país e seus aliados não assistirão a uma guerra sem reagir. “Ele [Putin] nunca viu sanções como as que serão impostas se ele se mover”, ameaçou Biden. “Nossos aliados e parceiros estão prontos para impor custos severos e prejudicar muito a Rússia e a sua economia”, completou o democrata.
Condicionais
As palavras de Biden deveriam servir como esperança para o governo ucraniano, mas condicionantes que o americano colocou para realmente aplicar as sanções na verdade alarmaram os alvos do ataque, informou a CNN dos EUA.
“Ainda acho que ele não quer nenhuma guerra total”, disse Biden, sobre Putin, apostando em uma “pequena incursão” que obrigará as potências a debater o que fazer.
“Meu palpite é que ele vai se mover. Ele tem que fazer alguma coisa. Mas se eles realmente fizerem o que são capazes de fazer com as forças acumuladas na fronteira, será um desastre para a Rússia”, concluiu o norte-americano.