Biden: “Netanyahu não está fazendo o suficiente para acordo de reféns”
Para o presidente norte-americano, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não está se esforçando durante negociações de acordo com Hamas
atualizado
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Segundo o presidente norte-americano Joe Biden, um acordo final para a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas, em Gaza, esteve muito próximo. Entretanto, para ele, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não estaria fazendo o suficiente para garantir tal acordo. As informações são do jornal inglês The Guardian.
Quando questionado se Netanyahu estava fazendo o suficiente durante as negociações, Biden respondeu, categoricamente: “Não”. O presidente dos EUA ainda acrescentou que “a esperança [de um acordo] é eterna”.
As falas de Biden ocorrem após o jornal americano Washington Post informar que os EUA podem abandonar a liderança das negociações de cessar-fogo em Gaza caso os dois lados não aceitem um acordo final do tipo “pegar ou largar” que planejam apresentar a Israel e ao Hamas nas próximas semanas.
Um dos impasses nas negociações tem sido o corredor Philadelphia ao longo da fronteira de Gaza com o Egito e o corredor leste-oeste Netzarim, através do território. Netanyahu insiste que Israel mantenha o controle dos corredores para impedir o contrabando e para capturar combatentes militantes. Já o Hamas, grupo militante palestino, exige, no entanto, a total retirada das forças israelenses de Gaza.
Uma alta autoridade israelense afirmou, para o Times of Israel, que a cobrança de Biden “é intrigante”.
“É intrigante que o presidente Biden esteja pressionando o primeiro-ministro Netanyahu, que concordou com a proposta dos EUA (acordo de reféns) já em 31 de maio e com a proposta de transição dos EUA em 16 de agosto, e não o líder do Hamas, Yahya Sinwar, que continua a recusar veementemente qualquer acordo.” A admissão de Biden “é especialmente perigosa quando feita poucos dias depois que o Hamas executou seis reféns israelenses, incluindo um cidadão americano”, acrescentou a autoridade.
Greve geral
Um dia após a recuperação dos corpos de seis reféns israelenses na Faixa de Gaza, uma greve geral, liderada pela organização sindical Histadrut, começou nesta segunda-feira (2/9) em Israel.
A manifestação pede que o governo do premiê Benjamin Netanyahu chegue a um acordo para a libertação dos reféns do grupo Hamas e afeta desde jardins de infância, bancos, universidades e escritórios do governo até o transporte público. O aeroporto Ben-Gurion chegou a ficar fechado para partidas por mais de duas horas, mas voltou a funcionar normalmente ao longo da manhã.