Biden nega defender mudança de regime na Rússia e deposição de Putin
Presidente dos EUA recuou, após dizer em discurso na Polônia, que, “por Deus”, o chefe do Kremlin “não pode permanecer no poder”
atualizado
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Após subir o tom contra o presidente da Rússia e afirmar que Vladmir Putin “não pode permanecer no poder”, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recuou neste domingo (27/3) e afirmou que não incitou que o mandatário russo seja removido do Kremlin.
O chefe da Casa Branca classificou Putin como “ditador empenhado em reconstruir um império” e afirmou que a Rússia “estrangula a democracia” durante pronunciamento no sábado, em Varsóvia, na Polônia.
Questionado pela imprensa dos EUA se a declaração em Varsóvia tinha como objetivo incitar que o mandatário russo seja removido do cargo, ou que haja uma mudança de regime na Rússia, ele se limitou a responder: “Não”.
Logo após o pronunciamento de Biden, as autoridades dos EUA esclareceram que o chefe de Estado não estava incitando uma mudança de regime, mas queria dizer que Putin deveria ser impedido de exercer qualquer poder “sobre seus vizinhos ou na região”.
O presidente norte-americano chamou Putin de “açogueiro” e renovou a aposta em que as sanções econômicas enfraquecerão tanto a Rússia que isso acabará por frear a guerra na Ucrânia, que já dura mais de 30 dias. O mandatário participa de agenda na Polônia durante o fim de semana.
No Twitter, Biden afirmou que, após as sanções aplicadas pelos Estados Unidos e por outros países, a moeda russa foi “quase imediatamente reduzida a escombros” – fez um jogo de palavras com “ruble” (rublo, a moeda russa) e “rubble” (escombros, destroços).