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Biden minimiza poder de Putin: “Está encurralado contra a parede”

Presidente dos EUA recebeu empresários nesta segunda-feira (21/3) para discutir medidas contra a guerra na Ucrânia

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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fala em evento realizado na Casa Branca - Metrópoles
1 de 1 Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fala em evento realizado na Casa Branca - Metrópoles - Foto: Alex Wong/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a postura do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e minimizou seu poder. Em conversa com empresários nesta segunda-feira (21/3), o líder norte-americano afirmou que o russo está “encurralado”.

Durante pronunciamento feito da Casa Branca, Biden voltou a falar sobre as “consequências” que a Rússia sofrerá caso use armas químicas e promova ataques cibernéticos, por exemplo.

“Ele está encurralado contra a parede e sabe das consequências”, resumiu Biden ao comentar as forças que Putin tem para levar a guerra adiante.

Biden reconheceu que o momento exige atenção, e comemorou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está unida.

“Ele [Putin] se surpreendeu. A Otan nunca esteve tão unida como hoje”, declarou o presidente norte-americano.

A segunda-feira foi movimentada nos Estados Unidos. A escalada da guerra agitou órgãos da diplomacia e de segurança.

O governo dos Estados Unidos aplicou uma sanção diplomática contra funcionários da China. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken.

A sanção ocorre em meio a rumores de que Pequim está fornecendo ajuda militar e econômica a Moscou durante a guerra na Ucrânia. O confronto completa 26 dias nesta segunda-feira.

Os serviços de inteligência norte-americanos dizem monitorar supostos planos russos de promover ataques cibernéticos contra instituições públicas e empresas dos Estados Unidos.

Em caso de acordo, Zelensky quer referendo

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defende que um acordo de cessar-fogo com a Rússia deve ser aprovado pelos ucranianos em referendo popular.

Nesta segunda-feira, em entrevista ao canal Suspline, Zelensky defendeu que alguns temas, como garantias de segurança e territórios ocupados, a exemplo de Donbass e da Crimeia, têm de ser avaliados pela população.

“Expliquei a todos os grupos de negociação, quando se fala de todas essas mudanças, que podem ser históricas, não iremos a lugar algum, faremos um referendo. O povo terá de dizer e responder a certos formatos de compromisso”, assinalou Zelensky.

O líder ucraniano acrescentou: “Esta é uma questão da nossa conversa e do nosso entendimento entre a Ucrânia e a Rússia. Portanto, em qualquer caso, estou pronto para fazer qualquer coisa se o meu movimento for com o nosso povo”.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Negociações estagnadas

A estagnação das negociações para um acordo de paz no Leste Europeu continua impedindo o fim da guerra. Nesta segunda-feira, o governo russo voltou a reclamar da falta de entendimento.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu não ter havido progresso nas conversas com o governo ucraniano.

Além disso, descartou possível reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy.

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