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Biden fica 8 pontos à frente de Trump em nova pesquisa eleitoral

Levantamento do Wall Street Journal/NBC aponta liderança do candidato democrata

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1 de 1 Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos - Metrópoles - Foto: Isac Nóbrega/PR

O ex-vice-presidente e candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, manteve sua liderança sobre o presidente Donald Trump na nova pesquisa realizada pelo Wall Street Journal e NBC News.

De acordo com o levantamento, cerca de 51% dos eleitores registrados no país votariam em Biden se a eleição fosse hoje, ante 43% que apoiariam Trump.

A vantagem de 8 pontos porcentuais de Biden em relação a Trump foi semelhante à da pesquisa do mês passado, de 9 pontos porcentuais. Em julho, a diferença entre os dois candidatos era de 11 pontos. Biden vem liderando as pesquisas de intenção de voto por seis pontos ou mais ao longo de todo o ano.

O levantamento foi feito com 1 mil eleitores entre 13 e 16 de setembro — antes da morte da juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg, na última sexta-feira (18/9). Além deste fator, os três debates presidenciais podem influenciar eleitores nas últimas semanas de campanha. O primeiro está marcado para 29 de setembro.

Por ora, a maioria dos eleitores diz estar decidida sobre suas escolhas, com mais de 70% afirmando que os debates terão pouco importância para eles, incluindo 44% que dizem que não influenciarão em nada sua escolha, um recorde desde 2000.

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O republicano foi condenado em processo de difamação contra a escritora e jornalista E, Jean Caroll, que o acusa de tê-la estuprado
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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o então presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma entrevista coletiva no Rose Garden da Casa Branca, em Washington (EUA)
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“Simplificando: em 2020, os fundamentos de nosso país foram abalados até o âmago, enquanto os fundamentos da eleição, não”, disse o pesquisador democrata Jeff Horwitt, que conduziu a pesquisa com o republicano Bill McInturff.

A atenção para a campanha já estava em um nível recorde antes da batalha esperada para substituir a juíza Ginsburg. Um recorde de 75% dos eleitores da pesquisa classificou seu interesse na eleição em 10, em uma escala de 10 pontos.

Apesar de Trump continuar perdendo na pesquisa nacional, a pesquisa mostrou que ele carrega algumas vantagens para as semanas finais.

Eleitores continuam a vê-lo como mais adequado do que Biden para administrar a economia — 48% a favor de Trump, contra 38% de Biden — ainda que a pandemia tenha deixado milhões de desempregados.

Trump vem atraindo republicanos que dizem que apoiam o próprio partido mais do que o presidente, e tem uma base de eleitores mais entusiasmada, conforme a pesquisa. “Há um pulso de possibilidade para Donald Trump [agora] que era muito mais difícil de ver em julho”, disse McInturff.

Embora os eleitores vejam Trump como melhor administrador da economia, cada vez mais o veem como a opção mais fraca para lidar com a pandemia do coronavírus. Dos eleitores, 51% consideram, Biden melhor candidato para controlar o surto, ante 29% que apontam Trump para a tarefa — diferença de 22 pontos, ante 11 pontos em junho. Trump tem enfrentado críticas por minimizar a ameaça enquanto pressiona para reabrir a economia.

O índice de aprovação do presidente de modo geral é de 45% entre os entrevistados, três pontos percentuais acima de julho; o de desaprovação é de 53%.

Trump está conquistando eleitores do sexo masculino, mas por porcentagem menor do que Biden está conquistando mulheres. O presidente também vem atraindo parcela menor do voto branco do que em 2016 e obtendo desempenho inferior entre eleitores com 65 anos ou mais do que há quatro anos. Biden está conquistando este público, com 50% de suas intenções de voto, em relação a 46% a favor de Trump.

Questionados sobre qual dos candidatos é melhor para lidar com o crime e a violência, 43% dos eleitores apontaram Trump, contra 41% que responderam Biden.

Trump tem afirmado que Biden é fraco demais para responder aos protestos em cidades norte-americanas contra injustiças raciais. Horwitt observou, contudo, que eleitores do país estão tão preocupados com a falta de ordem nas cidades quanto com o fato de a polícia atirar em residentes negros.

“O poder dessa questão não deve ser subestimado, mesmo que ainda não tenha ajudado a mudar a trajetória da eleição”, disse ele, referindo-se a Trump.

As críticas do presidente a Biden no que se refere a políticas da China têm surtido algum efeito entre eleitores: 46% dizem que Trump é mais adequado para lidar com o país asiático, em comparação a 37% que defendem o ex-vice-presidente.

No que se refere aos militares e veteranos dos EUA, 47% dos entrevistados consideram Biden melhor por apoiar e respeitar a categoria, acima dos 42% que preferem Trump. Os eleitores também veem Biden como mais honesto e confiável e, por uma margem esmagadora, de 52% contra 28%, dizem que ele é mais capaz de unir o país.

A pesquisa mostra que Biden conseguiu corrigir algumas deficiências em sua base eleitoral, melhorando números de eleitores jovens e negros. Entre estes públicos, as opiniões negativas sobre Biden superam as positivas em 2 pontos percentuais na atual pesquisa, ante 12 pontos em julho. Já as opiniões negativas sobre Trump superam as positivas em 11 pontos na pesquisa divulgada neste domingo (20/9).

Embora 38% dos eleitores digam que não há chance de apoiar Biden, 47% dizem isso sobre Trump. “Essa é uma grande barreira” para o presidente, disse McInturff. Apenas 11% na pesquisa sugerem que seu voto está em disputa.

A margem de erro da pesquisa do Wall Street Journal/NBC News é 3,1 pontos percentuais para cima ou para baixo.

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