Biden e Putin conversam, enquanto EUA evacuam embaixada na Ucrânia
Diálogo entre presidente dos Estados Unidos e da Rússia aconteceria na segunda (14/2), mas norte-americano pediu para ser antecipado
atualizado
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Os presidentes dos Estados Unidos e Rússia vão conversar por telefone neste sábado (12/2) para tentar evitar um possível confronto entre russos e a Ucrânia. O telefonema estava marcado para segunda-feira (14/2), mas Joe Biden pediu que o diálogo fosse antecipado.
O entrave entre russos e ucranianos começou com a exigência de Vladimir Putin de que o Ocidente não inclua a Ucrânia no Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança de 30 países liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
A iminência de uma guerra fez com que o Departamento de Estado dos EUA iniciasse a evacuação de funcionários da embaixada americana em Kiev neste sábado. Há alertas cada vez mais urgentes de que Moscou ataque a Ucrânia.
Um e-mail enviado aos cidadãos norte-americanos no país deu o tom: “Vocês, cidadãos, não devem viajar para a Ucrânia, e aqueles na Ucrânia devem partir imediatamente usando opções de transporte comerciais ou outras disponíveis privadas”, aponta o comunicado.
A Rússia respondeu, dizendo que os Estados Unidos estão usando de “histeria” e espalhando desinformação. Mas o fato é que as forças russas continuam realizando exercícios militares perto das fronteiras de Kiev. Ao mesmo tempo, a Rússia confirmou estar retirando a equipe diplomática da Ucrânia, acusando os ocidentais.
“Nossos colegas americanos e britânicos aparentemente sabem sobre algumas ações militares sendo preparadas na Ucrânia”, afirmou porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Vladimirovna Zakharova, em comunicado da pasta.
Com uma guerra cada vez mais próxima, os EUA afirmaram que os serviços consulares serão suspensos em Kiev a partir deste sábado, mantendo apenas o básico para ajudar cidadãos americanos no país.
As informações apontam que Moscou tem 130 mil soldados ao redor da Ucrânia. Os russos também estariam realizando exercícios navais perto da costa sul continental ucraniano, assim como treinamentos na Bielorrússia, bem perto de Kiev.