Biden e Kamala falam em “justiça” após morte de líder do Hezbollah

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente e candidata à presidência pelo partido Democrata, Kamala Harris, falaram neste sábado (28/9) em “justiça” após o ataque massivo do Exército israelense que matou os principais líderes do Hezbollah, entre eles o chefe do grupo, Hassan Nasrallah.

Nasrallah morreu durante um bombardeio de Israel em Beirute, na capital do Líbano, na sexta-feira (27/9). Biden falou que a ação do governo de Israel é “um ato de justiça”.

“Sua morte em um ataque aéreo israelense é uma medida de justiça para suas inúmeras vítimas, incluindo milhares de americanos, israelenses e civis libaneses”, disse o presidente norte-americano em comunicado publicado pela Casa Branca.

“Sangue americano nas mãos”

Kamala seguiu a mesma linha do presidente e disse que a morte do líder extremista traz “alguma justiça” às vítimas do Hezbollah.

“Ao longo de décadas, a sua liderança no Hezbollah desestabilizou o Oriente Médio e levou à morte de inúmeras pessoas inocentes no Líbano, em Israel, na Síria e em todo o mundo. Hoje, as vítimas do Hezbollah gozam de alguma justiça”, disse a vice-presidente, também em comunicado.

“Hassan Nasrallah era um terrorista com sangue americano nas mãos”, completou Kamala no texto divulgado pela Casa Branca.

O ataque é mais um episódio da escalada das tensões no Oriente Médio. As hostilidades entre o Hezbollah e as forças de defesa israelense já deixaram mais de 700 mortos.

Um dos fundadores do Hezbollah e comandante do grupo desde 1992, Nasrallah foi um dos responsáveis por liderar um movimento contra a ocupação israelense no Líbano, em 1982, em meio à guerra civil no país.

De acordo com o coronel Avichay Adraee, porta-voz em língua árabe do Exército israelense, o bombardeio mirou Nasrallah e outras lideranças. A ofensiva atingiu uma base do Hezbollah localizada no subsolo de um edifício residencial, em um subúrbio no sul de Beirute.