Biden diz que EUA não aceitará “resultado forjado” de referendo russo
Kremlin realiza, durante cinco dias, processo de consulta para anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (23/9) que pretende impor “custos econômicos rápidos e severos” para a Rússia, caso Vladimir Putin anexe territórios ucranianos por meio de referendos. O Kremlin iniciou o processo nesta sexta nas regiões ocupadas de Donetsk e Luhansk, no leste, em Kherson e em Zaporizhzhia, no sul do país.
“Os EUA nunca reconhecerão um território ucraniano como outra coisa que não seja uma parte da Ucrânia. Os referendos da Rússia são uma farsa”, disse Biden em comunicado.
Aliados ocidentais da Ucrânia também rejeitam a realização dos referendos e os supostos resultados anunciados Moscou, os quais o ocupante da Casa Branca já definiu como “forjados”. Biden também categorizou a ação russa como “violação flagrante do direito internacional”.
Em reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), nessa quinta-feira (23/9), o secretário-geral António Guterres também expressou preocupação com as novas movimentações do conflito.
“Qualquer anexação do território de um Estado por outro Estado resultante da ameaça ou uso da força é uma violação da Carta da ONU e do direito internacional”, alertou Guterres.
Ameaça nuclear e convocação de reservistas
A guerra ganhou novos desdobramentos após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciar nesta semana a mobilização de 300 mil reservistas para lutar na guerra, após baixas na Ucrânia. O chefe de Estado também fez ameaças nucleares.
“Isso não é um blefe. E aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares devem saber que a direção dos ventos pode mudar e apontar para eles”, disse Putin nessa quarta.